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O PSDB começou nesta terça-feira, dia 7, a montar uma operação para salvar a candidatura de José Serra à Presidência da República.
As denúncias envolvendo o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, acusado de cobrar propina para organizar um consórcio de empresas no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997, obrigaram os estrategistas da campanha de Serra a organizar uma reação ao possível estrago na imagem do candidato.
A situação de Serra agravou-se com a frustrada tentativa do presidente Fernando Henrique Cardoso de reaproximar o PFL do PSDB durante um jantar no Palácio da Alvorada na segunda-feira. Na terça, os dois partidos apresentaram versões diferentes para o encontro por meio de notas oficiais.
O documento divulgado pelo PFL diz que o presidente da sigla, Jorge Bornhausen, recomendou no jantar a renúncia de Serra. Em nota divulgada posteriormente à do PFL, o presidente do PSDB, José Aníbal, disse que a candidatura de Serra não está "sujeita a contestações ou ultimatos".
Numa reunião desta terça, os líderes do PSDB chegaram à conclusão de que faltou uma ação coordenada do PSDB e uma postura mais firme e indignada de Serra às denúncias envolvendo Ricardo Sérgio, seu ex-tesoureiro de campanha na eleição para o Senado, em 1994. Ao encontro, compareceram José Aníbal, o coordenador da campanha, deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG), os líderes do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães Júnior (BA), e no Senado, Geraldo Melo (RN), entre outros.
A ordem é exigir apuração rigorosa das denúncias de enriquecimento ilícito, tráfico de influência e cobrança de propina, que envolvem Ricardo Sérgio, tirando Serra deste debate para investir na agenda de campanha.
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