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O veto do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, a uma eventual candidatura de Antônio Britto (PPS) ao governo do Estado provocou nesta terça-feira, 9 de abril, o primeiro desentendimento da Frente Trabalhista no Rio Grande do Sul, integrada pelo PDT, PPS e PTB.
Nos dois encontros realizados entre os líderes nacionais e estaduais das três siglas, no domingo e na segunda-feira, Brizola deixou claro que seu partido não abrirá mão do vereador de Porto Alegre José Fortunati para a disputa ao governo gaúcho.
A insistência de Brizola em manter Fortunati levou o PTB a recuar nas negociações. Os petebistas, comandados pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, comunicaram nesta terça ao PDT que não apoiarão uma candidatura de Fortunati por considerá-la sem viabilidade eleitoral. O PTB só aceita permanecer na aliança se Britto for o candidato.
Na reunião de domingo à noite em seu apartamento no Rio, Brizola tentou por mais de uma hora convencer Zambiasi a concorrer ao Palácio Piratini. Diante da recusa do deputado, que considerou irreversível sua candidatura ao Senado, Brizola passou a sustentar o nome de Fortunati, descartando qualquer possibilidade de apoiar Britto.
O líder do PDT também não aceitou falar num terceiro nome, sugerido pelo PPS com o respaldo do PTB: o do senador José Fogaça (PPS). Britto, que participou do encontro de domingo, reiterou que não seria empecilho na formação da aliança, e apresentou o nome de Fogaça como alternativa.
Entre os líderes do PPS e do PTB há a convicção de que Britto será candidato mesmo sem o apoio do PDT. O rompimento da Frente Trabalhista no Estado poderia, inclusive, levar o PPS a buscar o apoio do PPB à candidatura de Britto. PPS e PTB entendem que a candidatura de Celso Bernardi ao governo também não deslanchou, a exemplo da de Fortunati. Bernardi, que é presidente estadual do PPB, descartou desistir da disputa.
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