| 26/03/2002 19h05min
Sentado ao lado do candidato do PDT a governador, José Fortunati, Brizola voltou a elogiar Ciro Gomes (PPS) e Sérgio Zambiasi (PTB) e admitiu que "está chegando o momento de decidir".
Os elogios a nomes do PPS e do PTB deixaram claro o esforço de Brizola em concretizar a Frente Trabalhista no Rio Grande do Sul, mas por alguns momentos também deixaram alguns pedetistas constrangidos, inclusive o próprio Fortunati.
Simultaneamente à entrevista, uma carta aberta aos trabalhistas gaúchos era divulgada pela Associação dos Prefeitos e Vice-Prefeitos do PDT com a reafirmação do apoio à candidatura de Fortunati.
A possibilidade de Brizola apoiar Britto tem criado uma nova divisão no PDT. Prefeitos e muitos integrantes da cúpula do partido se recusam a fazer campanha para o ex-governador. No PPS o clima nesta terça era de expectativa sobre a vinda de Brizola ao Estado. No PTB, uma reunião no diretório estadual atraiu os principais nomes do partido para discutir a aliança.
Brizola, que deixa a Capital nesta quarta-feira, dia 27, tem evitado falar nos baixos índices de Fortunati nas pesquisas. Prefere atacar os institutos responsáveis pelos levantamentos e criticar o candidato do PT a governador, Tarso Genro, e a imprensa. Para Brizola, os adversários "trabalham como pica-pedra" para atrapalhar a aliança. Garantiu que todos no PDT defendem o nome de Fortunati, que, segundo ele, será colocado na mesa no momento de negociar a chapa com os demais partidos.
– Não estamos pensando em abrir mão de Fortunati, mas queremos um candidato de consenso. É bom lembrar que ninguém foi tão bem recebido pelos trabalhistas quanto Fortunati, nem Alberto Pasqualini, anotem aí, disse.
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