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 | 20/08/2013 15h11min

Um dia após disparo de arma de choque em escola de Florianópolis, pais fazem reunião para discutir a reação da polícia

Parte dos pais questionou o uso da arma taser para conter o aluno, mas também reclamou da falta de segurança nas imediações

Gabriela Wolff  |  gabriela.wolff@horasc.com.br

Em uma reunião na manhã desta terça-feira, a direção, pais e alunos da Escola Estadual Dayse Werner Salles, no Bairro Capoeiras, discutiram sobre o episódio que marcou a manhã de segunda-feira, quando a Polícia Militar foi chamada e fez uso de uma arma de choque (taser) para conter um aluno que estava alterado.

Ao sair da reunião, mães de colegas de turma do rapaz atingido, Rosilda de Jesus e Roseli de Jesus Lima, contaram que os filhos chegaram em casa assustados com os insultos que teriam recebido dos policiais.

— Meu filho chegou em casa horrorizado, não estava acreditando no que tinha acontecido. Disse que a polícia chamou todos de vagabundos e que, se alguém se intrometesse, ia levar choque também — revela Roseli.

Na opinião de Rosilda, existem vários problemas na escola que precisam ser resolvidos. Na reunião, os pais também tiveram a oportunidade de falar sobre isto.

Polícia já foi chamada outras vezes

O presidente da Associação de Pais e Alunos (APP), Antonio Oliveira, conta que não é a primeira vez que a Polícia Militar foi chamada pela direção. No entanto, nas ocasiões anteriores, os policiais nunca precisaram entrar na escola – apenas fizeram rondas nas proximidades.

— Eles costumam vir para fazer ronda, e também chamamos quando percebemos alguma movimentação estranha — informa Antonio.

Outro pai de aluno, Joaquim Manoel, acha que deveria ter sido enviada uma guarnição própria da Ronda Escolar, que teoricamente tem mais preparo para lidar com adolescentes.

— A indignação maior da minha filha foi com a maneira como a polícia agiu, destratando os alunos que estavam em volta. Se tivessem preparo adequado, saberiam como proceder em uma situação como a de ontem — analisa Joaquim.

Aluno vai receber assistência psicológica

O diretor da Escola Estadual de Educação Básica Dayse Werner Salles, Juliano Reckers, informa que o adolescente vai receber apoio psicológico da Fundação Casan (Fucas), local onde ele já participa de projetos sociais. Juliano reforça que não concordou com maneira como a polícia agiu, mas que seguiu a recomendação do Conselho Tutelar ao acionar os militares.

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