Educação Básica | 06/08/2013 09h49min
Jair Batista Ramos nunca se conformou em ver o filho aprovado sem ter média para passar de ano. Foi até a Promotoria da Infância e Juventude pedir providências, mas teve o caso arquivado. Agora que o menino chegou à 8a série e depois de tantos anos ouvindo promessas que ele teria aulas de recuperação, não acredita no programa apresentado pela Secretaria de Educação.
As promessas até geraram brigas em casa, porque ele obrigava o filho a ir às aulas de recuperação que deveriam ocorrer no contraturno, mas não havia professores.
— Ele acabou ficando desestimulado. Não adiantava eu mandar ele ir, porque chegava lá e não tinha recuperação — relembra Ramos.
Ramos diz que o filho apresentou algumas melhorias no boletim neste ano. Resultado de estímulos que o pai mesmo criou. O garoto gosta bastante de jogar futebol, mas ele só pode ir para escolinha se estudar.
— Tive que incentivar de alguma maneira, já que na escola ele não é estimulado a aprender — ressalta o pai.
Apesar disso, em português e em matemática o garoto está com média 4 no primeiro trimestre. Para Ramos, a vida escolar do filho no ensino fundamental poderia ter sido mais proveitosa.
— Não tenho dúvida de que ele não aprendeu quase nada, enquanto conteúdo. Poderia ter sido melhor se ele tivesse reprovado. Agora está com conteúdo defasado para o ensino médio — acredita o pai.
Menino só vai para a escolinha de futebol após cumprir tarefas escolares
Foto:
Daniel Conzi
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Agencia RBS
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