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Educação Infantil  | 20/07/2013 14h23min

Período integral e preferência dos pais em cuidarem dos filhos ajuda a explicar o cenário de SC

Municípios têm investido mais em qualidade, com creches e pré-escolas durante todo o dia

A menina de 5 anos passa seus dias em casa brincando com a boneca favorita, a Monster High, e vendo desenho na TV na sua casa no Centro de Florianópolis. Fica aos cuidados da da avó e da mãe, que por poder ficar com filha não a colocou na escolinha neste ano. Ela chegou a ir no ano passado, mas a mensalidade aumentou. A rotina muda em 2014, quando terá 6 anos e vai para o primeiro ano do ensino fundamental.

Além de não ser obrigatória a matrícula a partir dos 4 anos até abril deste ano, outros motivos ajudam a explicar o cenário atual de SC. O cultural e histórico é um deles. A professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e doutora em educação Valéria Silva Ferreira diz que as famílias preferiam cuidar dos filhos até terem idade de ir para a escola.

Quem tinha alguém para ficar com a criança em casa optava por isso. Valéria acredita que isso vem mudando, porque pais estão mais conscientes de que a educação infantil ajuda no desenvolvimento dos filhos.

Outro fator é uma tendência de se investir em qualidade de oferta com creches e pré-escolas em período integral.

— É garantir o acesso, mas garantir a qualidade de atendimento também. Aqui o poder público tem feito investimento na infraestrutura e nos professores, inclusive nos municípios interioranos — diz a professora da Udesc Julice Dias.

As demais regiões do país ofertam vagas em meio turno, como no Nordeste que tem estados com quase 90% crianças de 4 e 5 anos na escola. A presidente da Undime, Cleuza Repulho, diz que esta é uma das diferenças regionais a serem observadas, mas ressalta que entre atender em tempo maior e mais crianças é preciso ampliar o acesso:

— Se der para ter período integral melhor, mas não vamos deixar ninguém fora da escola — finaliza.

Este é o caso do menino de quatro anos que adoraria ir para escolinha, mas há mais de um ano espera por uma vaga no no Bairro Rio Vermelho, onde mora. Os pais chegaram a ouvir que teriam que aguardar até três anos. Sem alternativas, a mãe parou de trabalhar e busca alternativas para entreter o garoto. Mas gostaria que ele tivesse oportunidade de aprender no local correto.

— Meu filho ficou um mês na casa da minha mãe no Rio Grande do Sul, que conseguiu uma vaga temporária para ele. A gente notou a diferença. Ele, que é um menino tímido, estava mais solto, brincando com outras crianças. Ele ficava muito feliz de ir pra escolinha e usar a mochila. Até hoje pergunta quando vai de novo — conta o pai.

DIÁRIO CATARINENSE
Daniel Conzi / Agencia RBS

Pais ainda preferem ficar com os filhos até terem idade escolar
Foto:  Daniel Conzi  /  Agencia RBS


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