| 27/06/2013 13h21min
Um mundo onde há centenas de tortas de vários formatos, cores e sabores, animais ferozes e lagos misteriosos. Nesse lugar, as ruas são como máquinas do tempo que transportam para uma viagem há mais de cem anos. É uma terra encantada na qual você cria música, aprende sobre a vida em versos de poesia e ouve pessoas conversando em uma língua diferente. Esse é o Vale do Itajaí, lugar a ser descoberto numa aventura para pais e filhos.
A introdução do texto é uma ajuda aos pais para instigar os pequenos a uma viagem a região mais europeia de Santa Catarina. Por essas terras, esconde-se pedacinhos da Itália e da Alemanha, como em Pomerode, umas das cidades mais alemãs do Brasil. No município de 28 mil habitantes, a cultura germânica não é algo a ser preservado, porque ela ainda é vivida no dia a dia. Exemplo disso são as receitas diferenciadas e a fartura à mesa.
Pratos como o marreco recheado e o eisbein (joelho de porco) fazem parte de qualquer cardápio pomerano. Se ficar difícil convencer as crianças a encarar um joelhinho com chucrute, recorra às pizzarias e aos restaurantes com pratos kids, que incluem feijão, arroz, frango e a salada, que sempre volta.
No restaurante da única cervejaria artesanal da cidade, a Schornstein, é possível provar receitas exclusivas de uma gastronomia mais típica-contemporânea, como o creme de aipim com linguiça húngara, servido dentro do pão de chopp, prato criado para o inverno. Para os pequenos, petiscos babies que oferecem batata smile, isca de frango e molho de tomate leve.
De sobremesa, faça uma parada numa das confeitarias de Pomerode para conhecer os cafés coloniais e ficar em dúvida entre mais de 100 receitas de doces de tortas alemãs, strudel de maçã, bolo de queijo, etc., à disposição, além de salgados e variedade de cafés.
O zoológico de Pomerode é outra das atrações que fazem o município destino turístico familiar. Os pequenos enlouquecem ao ver os cerca de 1,1 mil animais de 200 espécies diferentes. Leões, tigres, girafas, elefantes, hipopótamos, ursos, chipanzés, cobras e pássaros são alguns dos que encantam os visitantes.
Viajar também é aprender História. E, em Pomerode, a aula ocorre ao ar livre nos 16 quilômetros da Rota do Enxaimel, técnica arquitetônica germânica muito usada nas primeiras décadas da colonização alemã e que virou símbolo da região. São pelo menos 300 construções desse tipo só no município, a maior concentração fora da Alemanha. Cerca de 50 estão na comunidade Testo Alto.
A estrada é de chão, porém, melhor que muita rodovia asfaltada, e as placas ajudam bastante na orientação. No caminho, bois, charretes, casas de tijolinhos vermelhos à vista e janelas floridas. Ainda são poucas as famílias que recebem turistas na rota. Uma delas é a Siewert, que vive numa casa enxaimel centenária. O imóvel completa seu centésimo aniversário este ano e foi construído pelo pai de Wendelin Siewert, 77, que ainda mora no local.
Num passeio agendado de 1h30min, Seu Wendelin, que às vezes tem dificuldades de entender o português, ensina como era (e ainda é) a vida na colônia nessas estâncias. O visitante ajuda no corte do trato dos animais, usa serrote vaivém, anda de carroça, deita na cama de cipó, arma ratoeira dos tempos antigos.
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