| 13/06/2013 20h11min
Acorde cedo para enveredar pela Serra catarinense. A região mais fria do país reserva para a alvorada grande parte dos seus encantos. Vastos campos tingidos de branco pela geada ou por sincelo estão entre as surpresas ofertadas àqueles que amanhecem na estrada. Madrugar também otimiza o tempo durante três dias de viagem, possibilitando conhecer mais lugares, principalmente, em Urubici, a cidade mais estruturada para receber visitantes e com mais atrativos turísticos na Serra. Criamos um roteiro de 72 horas que inclui ainda São Joaquim, Urupema, Bom Jardim da Serra e uma rápida passagem por Lages. É só fazer as malas.
1º dia
O dia em Urubici começa na SC-370, que leva à entrada da Serra do Corvo do Branco. Uma fenda de 90 metros de altura no topo recebe o visitante. A garganta formada na rodovia por paredões de arenito é o maior corte em pedra feito pelo homem na América Latina. O local marca o início da descida. A vista e os enormes formações rochosas compensam a visita. Olhando de cima as escarpas, descer se torna uma tentação. Mas a estrada, que vem nova até perto da subida, fica precária a partir da fenda.
Ainda na SC-370, fica o acesso para o Morro da Igreja, um dos pontos turísticos mais famosos da região. Placas na rodovia indicam a entrada. A 1,8 mil metros de altitude, o local abriga uma base da Aeronáutica, é o ponto habitado mais alto no Sul do Brasil e marca o limite entre Urubici, Bom Jardim da Serra e Orleans. Mesmo em dias de temperaturas mais amenas, a sensação térmica despenca no local, por causa dos ventos, ao ponto de doer mãos e orelhas descobertas. Do morro, é possível admirar a Pedra Furada, que conta com uma janela de 30 metros de circunferência esculpida pela ação do vento.
Cascatas e sabores
As mais de 80 quedas d'água da região fazem parte até mesmo do mais simples roteiro pelo município. A Cascata Véu de Noiva está entre as mais frequentadas. Recebeu esse nome porque a água escorre pela pedra e não cai em queda livre, formando um véu. Para quem dispõe de pouco tempo, meio-dia é o melhor horário para visitá-la. Acessível de carro, a Cachoeira do Avencal é outra famosa por seus 100 metros de água em queda livre. Para os aventureiros, há pontos de ancoragem para rapel no topo da queda.
Parar em um dos vários comércios de artesanato e comida às margens da SC-370 é uma boa oportunidade para conhecer os costumes locais. Eles oferecem frutas, geleias caseiras, queijos e salames feitos nessas estâncias. Mais próximo ao Centro, um sítio arqueológico guarda figuras rupestres feitas a cerca de quatro mil anos.
As hospedagens rurais são o destino para quem procura aconchego, culinária local, sossego e uma boa lareira. Agricultores abrem as portas para receber turistas em chalés superconfortáveis e preparam café da manhã colonial forrado de tortas e bolos de todos os tipos e jantar à base de ingredientes locais, como pinhão e trutas. Preços variam entre R$ 70 e R$ 300.
Nas férias de inverno, os cerca de 1,5 mil leitos hoteleiros de Urubici costumam ficar lotados aos finais de semana. Na área central da cidade, bistrôs oferecem pratos especiais para quem está disposto a gastar um pouco mais. Sequência de Pinhão e a Piadina de Entrevero estão entre as opções. Para um happy hour regado a petiscos, cervejas artesanais e música ao vivo, bares atraem aqueles que buscam um pouco de badalação em meio ao descanso.
2º dia: os sabores de São Joaquim e as curvas da Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra
3º dia: Viagem termina com pôr-do-sol na cidade mais fria do país
Cachoeira Avencal tem 100 metros e é uma das maiores da região
Foto:
Alvarélio Kurossu
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