| 20/06/2013 16h01min
O Meio-Oeste guarda histórias de pessoas que, ao devotarem tempo a uma paixão, ajudaram (e ainda ajudam) a montar um perfil dessa parte do Estado. O alemão Fritz Plaumann (1902-1994) saiu da Europa, acompanhado dos pais, em 1924, para morar em Seara, a 20 quilômetros de Itá. Trouxe na bagagem uma curiosidade de infância: a vida dos insetos.
Em terras catarinenses, coletou cerca de 80 mil exemplares e criou o maior museu do gênero na América Latina. São dezenas de tipos de abelhas, baratas, cigarras, moscas, besouros, bicho-pau, etc. Entre os coletados, 1,5 mil eram desconhecidos até Plaumann se embrenhar pelas matas da região. Alguns só podem ser visto no museu, porque foram exterminados, devido ao desmatamento e ao uso de produtos químicos nas lavouras.
As borboletas, com tamanhos entre dois e 11 cm de largura, são as que mais surpreendem o observador. Encantam pelas asas em degrades de azul, amarelo, vermelho, laranja. Professores, estudantes e curiosos de várias partes do mundo visitam Seara anualmente para conhecer esse legado.
A estrada que leva ao museu já vale a visita ao local, no distrito Nova Teutônia. O trajeto corta os vales da região, passando por belas paisagens. Painéis, objetos pessoais, fotos e quadros de condecorações internacionais pelas pesquisas remontam a história de Fritz Plaumann na casa no topo de uma colina.
Quase 900 máquinas de
costura de vários países
A arte de colecionar resultou no mais novo museu de Concórdia, inaugurado em abril. Ângelo Spricigo, de 98 anos, vem se dedicando a guardar máquinas de costura. Começou o acervo em 1997, após a morte da mulher, que deixou duas máquinas. Ele pegou os equipamentos para arrumar, como forma de passatempo. Gostou da tarefa e foi até um ferro-velho para procurar mais. Depois disso, nunca parou.
Por meio de mais compras e doações, atualmente, possui quase 900 máquinas, de 100 marcas diferentes. Algumas relíquias datam de 150 anos atrás. São testemunhas de uma época na qual roupas eram feitas em casa, pois custavam caro nas lojas. Também recontam a história da colonização e os costumes nessa parte do Estado.
No acervo, há modelos oriundos da Alemanha, Itália, China, Japão, EUA, Tchecoslováquia e Argentina, apresentando os mais variados designs. A beleza das chinesas se destaca pelas pinturas de traços dourados e figuras coloridas estampadas nas peças.
Apesar da idade, Seu Ângelo, que aprendeu sozinho a consertar as máquinas, continua trabalhando de oito a 10 horas por dia para arrumar suas raridades. Com a ajuda de um dos netos, inaugurou o museu em casa.
— Gosto de trabalhar. Barco parado não ganha frete — brincou o colecionador.
Museu Fritz Plaumann
Contato: (49) 3452-1191
Preço: R$ 3
Museu Ângelo Spricigo
www.angelospricigo.com.br
Contato: (49) 3444-0492 - 8502-7012
Preço: gratuito
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