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Greve  | 23/04/2013 18h15min

Paralisados, professores protestam em frente ao Piratini

Campanha do Cpers exige que Tarso Genro seja preso por não cumprir a lei do Piso

Atualizada às 23h54min

Um protesto reuniu professores e funcionários da rede estadual de ensino no Centro de Porto Alegre nesta tarde. Cobrando do governo o cumprimento do piso nacional do magistério, os manifestantes começaram a percorrer as ruas centrais da Capital por volta das 13h30min, chegando ao Palácio Piratini por volta das 14h30min, onde ficaram até as 16h30min.

A paralisação dos professores começou nesta terça e deve se estender até quinta-feira, quando será realizada uma plenária da categoria para rediscutir os rumos da mobilização. Nesta quarta-feira, a direção do Cpers/Sindicato participa de uma reunião com o Ministério da Educação (Mec) às 14h, em Brasília.


Foto: Félix Zucco

Segundo a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, dez ônibus partiram do Rio Grande do Sul em direção à Capital Federal, onde realizam uma manifestação pela manhã.

— Vamos pesar a mão da categoria para que o governo respeito os professores. Cerca de 80% das escolas pararam hoje, e o restante está paralisado parcialmente — afirmou Rejane.

Ao final da tarde, a Secretaria de Educação (Sec) divulgou a última parcial da paralisação que aponta 44% de adesão das escolas. Segundo a Sec, do total de 2.574 escolas, foram pesquisadas 1.521 e destas, apenas 13% paralisaram totalmente as atividades, e 31% parcialmente.

De acordo com o secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, os professores que aderiram à greve terão o ponto cortado e sofrerão desconto nos rendimentos. Ainda, de acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, a paralisação não ocorre de forma uniforme, de modo que a secretaria orienta pais e responsáveis a levarem os alunos normalmente para as escolas que estão em funcionamento.

Entenda a paralisação

A greve dos professores começou nesta terça e deve se estender até quinta-feira. Pela manhã, alunos de escolas estaduais já ficaram sem aula por conta da paralisação. Além do piso nacional , a luta é por melhores condições de trabalho e infraestrutura das escolas.

De acordo com a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, ainda não há uma parcial sobre a adesão dos professores e funcionários da educação à greve. A Secretaria Estadual de Educação deverá apresentar balanço dos efeitos da paralisação nas cerca de 2,5 mil escolas estaduais somente no final do dia.

Em janeiro, o Ministério da Educação divulgou reajuste no piso nacional dos professores, fixando em R$ 1.567 o vencimento básico da categoria, para 40 horas-aula semanais. No Rio Grande do Sul, porém, o básico no contracheque do professor com essa carga horária é de R$ 977,02.

De acordo com o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, nenhum professor gaúcho recebe menos do que o piso nacional — alcançado por meio de pagamentos complementares.

O governo estadual discorda do indexador usado para calcular o reajuste anual do piso, que é baseado no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), considerado instável. O Estado defende o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como referência.

A previsão é de que as aulas sejam retomadas normalmente na sexta-feira. O secretário de Educação mantém a recomendação de que os alunos devem ir até a escola, pois os diretores têm obrigação de abrir as portas, mesmo que tenham aderido ao movimento. Os períodos não cumpridos terão de ser recuperados ao longo do ano letivo e os grevistas terão desconto pelas horas não trabalhadas.

ZERO HORA
Félix Zucco / Agencia RBS

Cpers coordenou manifestação na Praça da Matriz, em frente ao Piratini
Foto:  Félix Zucco  /  Agencia RBS


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