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Educação Básica  | 23/04/2013 08h17min

Alunos da rede estadual ficam sem aula por causa da greve dos professores

Previsão do Cpers é de três dias de paralisação para pressionar governo pelo piso nacional

Atualizada às 18h38min

A greve no magistério mobiliza professores nas escolas estaduais da Capital na manhã desta terça-feira. Os manifestantes pressionam o governo do Estado a pagar o piso nacional do magistério.

No Colégio Júlio de Castilhos, um dos maiores de Porto Alegre, nenhum aluno ou professor circulava pelo pátio por volta das 7h30min. Um cartaz na portaria informava a paralisação das atividades até quinta-feira. O quadro era o mesmo em outros três grandes colégios estaduais visitados pela reportagem.

De acordo com a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, ainda não há uma parcial sobre a adesão dos professores e funcionários da educação à greve, o que deve ser feito no decorrer da manhã. A Secretaria Estadual de Educação deverá apresentar balanço dos efeitos da greve nas cerca de 2,5 mil escolas estaduais somente no final do dia.

— Pelo diagnóstico preliminar, acreditamos que haverá uma forte adesão. A categoria está unida na mobilização — diz Rejane.

Está marcada para as 13h uma caminhada, partindo da sede do Cpers, no centro de Porto Alegre, em direção ao Palácio Piratini. Caravanas do interior do Estado devem se unir à marcha na Capital. Amanhã, representantes do Cpers terão uma reunião no Ministério da Educação, em Brasília. Na quinta-feira, a mobilização no Estado será avaliada e serão definidos os próximos passos. Além do piso, os professores protestam por melhorias na infraestrutura das escolas públicas.


Cartaz no Colégio Júlio de Castilhos comunica paralisação até quinta-feira
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

Em janeiro, o Ministério da Educação divulgou reajuste no piso nacional dos professores, fixando em R$ 1.567 o vencimento básico da categoria, para 40 horas-aula semanais. No Rio Grande do Sul, porém, o básico no contracheque do professor com essa carga horária é de R$ 977,02.

De acordo com o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, nenhum professor gaúcho recebe menos do que o piso nacional — alcançado por meio de pagamentos complementares.

O governo estadual discorda do indexador usado para calcular o reajuste anual do piso, que é baseado no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), considerado instável. O Estado defende o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como referência.

A previsão é de que as aulas sejam retomadas normalmente na sexta-feira. Os períodos não cumpridos terão de ser recuperados ao longo do ano letivo.

ZERO HORA
Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na Capital, amanheceu de portas fechadas
Foto:  Ronaldo Bernardi  /  Agencia RBS


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