Passados dois meses desde que as aulas da rede estadual de ensino recomeçaram, em Barra Velha, uma escola ainda continua de portas fechadas. Cerca de 500 alunos da Escola Estadual David Pedro Espíndola, no bairro São Cristóvão, estão fora das salas de aula.

Pais e alunos estão impacientes e pedem a agilidade da Justiça para reabrir o colégio. Faltam apenas nove dias para que o ano letivo não seja totalmente prejudicado.

Cansados de esperar, cerca de 50 pais e alunos, com cartazes nas mãos, foram para a frente do colégio protestar.

— Temos apenas nove dias para retomar as aulas. Se não, não vamos conseguir fechar os 200 dias de aulas exigidas pelo Ministério da Educação. Os alunos já vão ter aula em todos os sábados e não vão ter férias de julho — observou o pai e membro da Associação de Pais e Mestres, Marcos Junghans.

— Realizamos a manifestação para pedir agilidade na reabertura. Os pais estão preocupados — complementou.

A David Espíndola foi interditada em fevereiro pela Defesa Civil de Barra Velha. Os alunos que estudam a noite foram encaminhados para outro colégio estadual.

Já os alunos das séries iniciais estão estudando em salas improvisadas da Apae. Porém, o restante, cerca de 500, estão ociosos. O caso foi parar na Justiça, que obrigou a reforma imediata da unidade.

A Gerência Regional de Educação de Joinville realizou uma reforma emergencial e ainda na semana passada, a obra foi liberada pela Defesa Civil.

— Mas como o caso parou na Justiça, é preciso que o juiz autorize a desinterdição. Ainda estão aguardando a avaliação de um perito — explicou o coordenador da Defesa, Elton Cesar Cunha.

A escola também sofreu com alagamentos na enxurrada da última semana, mas não chegou a prejudicar a estrutura.