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A Educação Precisa de Respostas  | 19/02/2013 09h14min

Alunos de escola interditada em Joinville têm aula em sala de catequese

Primeiro dia de aula foi marcado pela confusão

Caroline Stinghen  |  caroline.stinghen@an.com.br

O espaço que é destinado para as aulas religiosas de catequese e crisma da Igreja São Sebastião, do bairro Iririú, a partir da última segunda-feira, também será usado pelos alunos da Escola Estadual Annes Gualberto.

Como a escola está interditada, parte dos 1,1 mil estudantes foram encaminhados para lá, outros para as salas de aula da Assessoritec, e os mais novos para a Escola Estadual Léa Maria Aguiar Lepper. Muitos pais reclamaram das mudanças e da falta de um ônibus para levar os alunos para as unidades provisórias.

As pequenas salas da igreja, que fica em frente à escola, ficaram lotadas nesta segunda. As turmas das séries finais do ensino fundamental, que estudam pela manhã, se dividiram em pelo menos cinco salas. Nem mesmo os alunos acreditavam no que estava acontecendo.

— Por quanto tempo a gente vai ficar aqui? —, questionavam os alunos.

Até os funcionários, que preferiram não se identificar, classificaram a situação como absurda. A Annes Gualberto foi a primeira das oito escolas estaduais ainda interditadas pela Vigilância Sanitária a retomar as aulas. Segundo a direção da escola, todos os alunos foram remanejados.

O aviso da mudança foi divulgado na última sexta-feira pela imprensa e redes sociais. Algumas famílias receberam a orientação por telefone de que deveriam levar os filhos diretamente nas unidades provisórias. Mas nem todos foram avisados.

— Isso não pode ficar assim. Não posso levar minha filha para outra escola —, reclamou a operadora de produção Andrea dos Santos, 31 anos, mãe de uma aluna de nove anos.

— Eu não fui avisada das transferências. Pelo menos ninguém me ligou. Meu filho de 17 anos só começa na terça e vai para a Assessoritec. Minha filha de 11 vai para a Léa Lepper. Por mais que a escola não seja longe, o trânsito me deixa preocupada. Vou ter que levá-los e buscá-los sempre —, contou a autônoma Beatris Sapellini Dante Biz, 43, que mora ao lado da Annes Gualberto.

Mais de 100 pessoas que não sabiam ao certo onde os estudantes seriam encaminhados apareceram às 7 horas em frente à escola. A diretora Célia Stoll precisou dar o aviso com o microfone de que uma van levaria os pequenos até a Léa Lepper neste primeiro dia.

O veículo precisou realizar várias viagens até encaminhar todas as crianças para a escola do Saguaçu, que fica a aproximadamente quatro quilômetros. A partir de hoje, informou a SDR – enquanto a escola não for liberada – os alunos serão levados em um ônibus.

Nesta terça, voltam às aulas os alunos da Annes Gualberto que estudam nas séries finais do fundamental, mas do turno da tarde, e o ensino médio. A orientação é de que eles sigam diretamente para a Assessoritec, que também fica no Iririú.

CONSELHEIRO MAFRA

A escola centenária do Centro retoma as atividades a partir de hoje. As séries iniciais do ensino fundamental ficarão no próprio colégio, que terá um espaço liberado pela Vigilância Sanitária. As turmas do ensino médio serão remanejadas para o colégio Nova Era, que fica ainda na região Central de Joinville.

TUFI DIPPE

No colégio que fica no bairro Iririú, a Vigilância Sanitária deve desinterditar a área e as aulas estão previstas para amanhã.

GERTRUDES BENTA COSTA

A escola do Itaum também passa por reparos emergenciais, que devem terminar amanhã. As aulas devem começar na quinta-feira.

RUI BARBOSA, PROFESSOR RUDOLFO MEYER E PROFESSORA MARIA AMIN GHANEM

O início das aulas está programado para o próximo dia 25, segunda-feira. Terminadas as manutenções, ainda nesta semana, a SDR Joinville irá protocolar pedido de desinterdição.

OSVALDO ARANHA

As aulas também devem começar somente na próxima segunda, dia 25. Os alunos serão encaminhados para a Faculdade Anhanguera, no mesmo bairro. Eles ficarão no espaço até a conclusão da reforma que ocorre na escola. Ela deve ser finalizada até dezembro deste ano.

Região de Joinville receberá R$ 29 mi

Fazer com que, em uma década, os índices de qualidade da educação de SC atinjam números de países desenvolvidos é uma das metas do Pacto pela Educação, lançado ontem pelo governo do Estado. Serão investidos R$ 500 milhões nos próximos dois anos – serão R$ 29 milhões para a Regional de Joinville, contando com a construção de quatro escolas novas.

O governador Raimundo Colombo autorizou o lançamento de editais para a reforma de escolas, além de um decreto que agiliza a contratação de obras. Ele assinou ainda um termo de cooperação entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública, para reforçar o monitoramento de colégios.

O projeto de lei, com aumentos salariais para os professores, foi assinado e encaminhado à Assembleia Legislativa. Ele reajusta o piso, conforme a lei federal, e dá aumentos a outros níveis de formação, como os docentes pós-graduados e doutores.

O pacto está estruturado em três eixos: pedagógico, de infraestrutura e de gestão. Entre os projetos apresentados, alguns já tiveram início e outros aguardam finalizações, como o que muda a forma de nomear diretor de escola – hoje indicado.

A NOTÍCIA

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