A onda de atentados em Santa Catarina provocou mudança nos horários de funcionamento dos ônibus na Grande Florianópolis. A partir desta sexta-feira os coletivos circulam das 7h às 19h. A medida faz escolas suspenderem as aulas e deixa a população a pé durante a noite.

Em entrevista, o assessor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte da Grande Florianópolis (Sintraturb), Ricardo Freitas explica os motivos do horário especial:

Por que a classe não aceitou fazer as duas viagens, das 21h e das 23h, mesmo com escolta garantida?
Ricardo Freitas – Para a segurança de trabalhadores e passageiros. Na reunião com a prefeitura, a forma como eles planejaram mostrava claramente que não iria dar certo. Fizemos uma pergunta e eles não tinham a resposta. Sabiam como os ônibus iriam sair dos terminais, mas não sabiam direito como voltariam.

O que a classe quer para trabalhar à noite?
Ricardo – Uma resposta firme do governo do Estado, respondendo porque continuam estes atentados e o que eles vão fazer para acabar, não apenas apagar incêndios como estão fazendo.

O que o senhor sugere aos usuários dos ônibus depois das 19h?
Ricardo – São os patrões, que vão de carro ao trabalho, que devem resolver e nos ajudar a se engajar na luta contra este descaso com a segurança. O comércio que feche mais cedo e as escolas que adiem o início das aulas.

Até quando a classe manterá o horário das 7h às 19h?
Ricardo – Essa é nossa pergunta ao governador: até quando a população ficará refém dos ataques, até quando os ônibus ficarão circulando com escolta?