| 12/12/2012 08h42min
Passadas 30 horas após o temporal que provocou estragos e paralisou serviços, mais de 90 mil clientes ainda estão sem energia elétrica no Estado.
Na zona sul da Capital, a demora para normalização dos serviços resultou em manifestação de moradores que impede o trânsito na Estrada Afonso Lourenço Mariante, na manhã desta quarta-feira. A EPTC e a Brigada Militar estão no local e tentam remover o bloqueio feito com pneus e madeiras.
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No final da manhã desta quarta-feira, a CEEE ainda tinha 53,4 mil clientes sem luz. A maior parte (26,9 mil) se concentrava na Região Metropolitana. Havia ainda 9 mil clientes sem luz no Litoral Norte, 8,7 mil na região de Pelotas, 4 mil em Camaquã, e 3,9 mil na Campanha.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, as equipes continuam trabalhando com prioridade no reabastecimento de energia, mas ainda não há previsão de total normalização dos serviços.
Na área de concessão da RGE, mais de 6 mil clientes ainda estão sem receber energia. Segundo a assessoria de comunicação da empresa, para minimizar os prejuízos, a RGE está dando preferência para as empresas e instituições prestadoras de serviços públicos, como hospitais.
Na manhã desta quarta-feira, 430 equipes da AES SUL trabalham no reparo dos danos causados pelo temporal. Ao todo, são mais de 2 mil profissionais envolvidos nos consertos e 35 mil clientes ainda estão sem energia elétrica.
Confira os transtornos causados pelo temporal por regiões:
Porto Alegre — Quase 300 cruzamentos tiveram semáforos desligados e cerca de 150 quedas de galhos e árvores. Falta luz em todas as regiões da cidade. Telhados e coberturas de garagens ficaram danificadas, mas não houve feridos. Após o vendaval, uma casa pegou fogo na Zona Norte.
Sul — Houve ventos de mais de 100 km/h e destelhamento de casas em Rio Grande, Pelotas, Piratini, Canguçu, Santana da Boa Vista e São Lourenço do Sul. Mais de 80 mil residências ficaram sem luz.
Campanha — Em Candiota, os ventos de mais de 100 km/h pode ter causado danos de até R$ 600 mil em uma vinícola. Em Bagé, uma árvore caiu e um curto circuito na rede elétrica deixou a zona sul da cidade sem luz.
Centro — Em Santa Maria, ventos de mais de 70 km/h derrubaram postes e a cidade teve pontos sem luz. Em São Vicente do Sul, o município mais atingido da região, casas foram destelhadas e aulas acabaram suspensas. Em Cachoeira do Sul, houve destelhamento de casas e uma árvore caiu na entrada da cidade.
Noroeste — Em Cruz Alta, o temporal derrubou árvores e deixou pontos sem luz e água. Galhos de árvores caíram sobre fios de alta tensão e um transformador da barragem de captação de água da Corsan foi atingido por um raio e deixou vários bairros sem abastecimento.
Fronteira Oeste — A cidade de Quaraí registrou ventos de 120 km/h e casas foram destelhadas. A Defesa Civil municipal ainda contabiliza os prejuízos.
Serra — Houve registros de casas destelhadas e danificadas, além de queda de árvores e falta de luz em Bento Gonçalves, Farroupilha, Campestre da Serra, Gramado, Antônio Prado, São Francisco de Paula e Nova Bassano.
Litoral Norte — Houve queda de árvores e fios elétricos e destelhamentos em Imbé. Falta luz também em Capão da Canoa, Tramandaí e Torres.
Vale do Rio Pardo — Santa Cruz do Sul, Candelária, Venâncio Aires, Sobradinho e Rio Pardo tiveram casas destelhadas após ventos de 90 km/h. A BR-290, na altura de Pantano Grande, ficou parcialmente interditada devido à queda de árvores na pista.
Devido a falta de energia na delegacia, policiais civis tiveram de recorrer a lâmpadas de emergência
Foto:
Ronaldo Bernardi
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