| 15/07/2011 21h26min
Nesta sexta-feira, professores de Santa Catarina se reuniram em assembleias estaduais para decidir o futuro da greve. A maioria delas optou por não encaminhar nenhum indicativo, acatando o que for votado na assembleia estadual, marcada para a próxima segunda-feira.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, não tinha ainda o levantamento de todas as regionais. De acordo com ela, as informações apresentadas mostravam que o indicativo pelo fim ou continuidade do movimento seria decidido pela assembleia estadual, marcada para às 14h no Centrosul. O comando de greve estará reunido na segunda-feira pela manhã, para decidir a pauta, a ser debatida.
A assembleia regional dos professores de Florianópolis e São José foi uma das que optou por não levar nenhum indicativo ao encontro estadual. Ao tentar votar quais trabalhadores retornariam à sala de aula ou permaneceriam em greve, não se teve um resultado claro. A decisão mais expressiva foi por aguardar a votação de segunda-feira. A coordenadora regional do Sinte da Capital, Rosane de Souza, avaliou o encontro como positivo, porque ele manteve uma participação alta dos professores.
— Ela não estava esvaziada. Discutimos o projeto de lei complementar (PLC), e chegamos à conclusão de que se houve alguma derrota, foi a do governo. Tivemos falas muito indignadas com as postura dos deputados e por terem chamado o Bope para dentro da Assembleia Legislativa — falou a coordenadora, lembrando o episódio do dia da votação do PLC.
Os advogados do sindicato estão levantando itens que podem ser questionados no projeto e aguardam a publicação da lei. O advogado, José Sérgio Cristóvam, acredita que no início da próxima semana o estudo deve estar pronto. A substituição do plano de carreira por uma nova tabela é um dos questionamentos. Ele observou que pela lei do piso nacional, os estados tinham até dezembro de 2009 para adaptar a carreira dos professores, o que não foi feito em SC.
Já o governo, voltou a afirmar, em nota divugada ontem, que as negociações irão continuar com o retorno dos professores às salas de aula. No texto, o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, explicou que a tabela do magistério é complexa, e que a atual foi montada para o Estado cumprir a lei do piso. Sobre os descontos dos dias parados, a Secretaria da Educação prorrogou o prazo, até terça-feira, para os professores apresentarem o planejamento de reposição das aulas, e dessa maneira receberem o que foi descontado, pelos dias parados.
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