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 | 01/07/2011 22h42min

Pais de alunos mobilizarão o Ministério Público para pedir fim da greve dos professores

Grupo entrará com uma representação no MP na segunda-feira

Sem perspectivas para o fim da greve, que completou 46 dias nesta sexta-feira, pais de alunos do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, irão entrar com uma representação no Ministério Público de SC (MPSC) contra governo e Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). Eles pedem o retorno imediato das aulas e prometeram, na segunda-feira, entregar o documento na promotoria da infância e juventude do MPSC.

Os 10 pais, que formam a comissão pelo fim da greve, argumentaram que cansaram de esperar uma solução para o impasse e que a educação é um direito garantido pela constituição.

— Foram tantas reuniões, tantas assembleias, tanta expectativa de que essa greve acabaria que até agora esperamos. Mas chega! — ressaltou Simone Maria Batista, mãe de dois alunos da rede estadual.

Aurélio Pereira, pai de um aluno do ensino médio e avô de quatro netos, todos matriculados na rede estadual, disse estar cansado de ver o filho e os netos na frente do computador ou jogando bola. Para ele, governo e professores esqueceram o lado mais prejudicado da greve, que são os alunos.

O pai João Carlos dos Santos também está preocupado com as filhas. A mais velha está no terceirão e vai tentar vestibular para o curso de Direito. Já a mais nova tem se mostrado irritada e incomodada com a situação.

Todos ainda se perguntam como será a reposição de aulas. Eles prometem ficar atentos e acompanhar se haverá recuperação do conteúdo.

Impasse continua

As negociações entre Estado e professores emperraram novamente nos valores da regência de classe — uma gratificação sobre o salário-base. O governo prometeu estudar a possibilidade de voltar aos percentuais antigos, de forma parcelada, ainda neste ano. A posição inicial era de que a gratificação só seria recomposta em janeiro de 2012, o que desagradou os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).

A regência de classe era de 40% para professores de 1º a 5º ano do ensino fundamental e passou para 25% do salário-base. Já para docentes do ensino médio e de 6º a 9º ano do fundamental, que ganhavam 25%, ficaram com 17%. Apesar de ter aceitado analisar o parcelamento da recomposição desses valores, ainda para este ano, o secretário-adjunto, Eduardo Deschamps, não sabe se isso é possível e nem quando dará um retorno. A expectativa é que na segunda-feira já se tenha uma resposta.

Outro ponto é a recomposição da tabela salarial, que foi alterada. O governo, novamente, não apresentou prazos para fazer isso. De acordo com Deschamps, isso levaria tempo e precisaria de um grupo de trabalho. Foi sugerido que a primeira reunião desta comissão fosse em 6 de julho.

O secretário-adjunto não sabe ainda se haverá mudanças no texto da medida provisória, que tramita na Assembleia Legislativa e será substituída por um projeto de lei complementar, a pedido dos deputados.

— Vamos aguardar o novo posicionamento do governo, para encaminharmos a proposta para a categoria poder votar — disse a coordenadora do Sinte, Alvete Bedin.

Professores ocupam prédio

Após a reunião desta sexta-feira, por volta de 17h, professores decidiram ocupar o prédio da Secretaria de Educação, no Centro de Florianópolis, até receber um resposta do governo sobre a regência de classe. A Polícia Militar foi acionada para intervir no local. Os grevistas deixaram o prédio minutos depois.

DIÁRIO CATARINENSE
Edu Cavalcanti / Agência RBS

Reunião entre categoria e governo ocorreu na tarde desta sexta-feira
Foto:  Edu Cavalcanti  /  Agência RBS


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