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 | 10/05/2011 08h48min

Professores improvisam para atender alunos em Joinville

Em algumas escolas e CEIs, um professor teve de atender a mais de uma turma

Nas escolas e centros de educação infantil de Joinville, a Secretaria de Educação garante que nenhum aluno foi dispensado, apesar da adesão de 24% dos funcionários à greve na cidade (dados da Secretaria de Educação).

O número foi questionado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsej), Ulrich Beathalter, que afirmou que algumas escolas da cidade precisaram dispensar os alunos por causa da adesão dos professores à paralisação.

O secretário da Educação, Marcos Aurélio Fernandes, disse que nenhuma escola ficou sem atividades ontem. O que aconteceu, segundo ele, foi que alguns pais, percebendo a ausência de parte dos professores, resolveram levar os filhos para casa. Foi o que aconteceu, por exemplo, na escola Karin Barkemeyer, no Vila Nova, onde houve a maior adesão: 32 dos 48 funcionários da escola participaram da greve (66,7%).

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, em algumas escolas e CEIs, crianças de diferentes turmas tiveram de ser reunidas em uma mesma sala e acompanhadas por um só professor. Mas ninguém perdeu o dia letivo e, mesmo que 86 merendeiras e cozinheiras tenham aderido à greve, a secretaria também afirma que nenhum aluno ficou sem a refeição. Em algumas escolas, as profissionais responsáveis por cozinhar foram substituídas por funcionários de outras áreas, até da direção.


RECEIO

A vendedora Jaqueline Soares, 24 anos, ficou em dúvida se deixaria ou não as filhas no CEI do Parque Guarani para poder trabalhar. Ela estava com receio, porque, conforme a direção, três professores e quatro auxiliares da unidade aderiram à greve, e o CEI parecia funcionar de maneira improvisada.

— Como a merendeira também faltou, a diretora foi para a cozinha — relata Jaqueline, que acabou deixando as meninas no CEI.


Filme no lugar de professor

Uma das situações mais críticas foi na escola Baltasar Buschle, no Parque Guarani. Apesar do aviso em frente à unidade que dizia: "Estamos atendendo normalmente”, à tarde alunos de turmas como o 4º ano, do ensino fundamental, por exemplo, não tiveram uma aula normal.

Como estavam sem professor em sala, eles aguardavam na secretaria, onde a direção informou que eles assistiriam a um filme, junto com alunos de outras turmas. O mesmo ocorreu nas escolas Bernardo Tank, no Vila Nova, onde oito dos 19 funcionários aderiram à greve (42,1%), e na Valentim João da Rocha, onde 18 dos 56 professores não foram dar aulas (32,1%).

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