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 | 04/04/2011 22h04min

Polícia abrirá novo inquérito para investigar denúncias contra médico em Gaspar

Ao todo, são pelo menos oito vítimas que já se manifestaram à polícia e à justiça

O delegado da Polícia Civil Paulo Koerich abrirá esta semana um novo inquérito com base em dois depoimentos feitos sexta-feira e mais dois que devem ocorrer esta semana, para investigar as denúncias de atentado ao pudor contra o médico ortopedista Fernando César Buchen. O documento pode compor um novo processo contra o profissional.

Ao todo, são pelo menos oito vítimas que já se manifestaram à polícia e à justiça: as duas que moveram o processo já existente desde 2008, a testemunha de 24 anos que procurou o Ministério Público na semana passada, as duas mulheres ouvidas sexta-feira, duas que ficaram para esta semana e uma que foi ouvida ontem pelo Ministério Público.

Segundo o delegado, três pacientes de Blumenau o procuraram, mas foram encaminhadas para a Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente da cidade e ainda não prestaram depoimento. Uma das mulheres ouvidas sexta-feira disse ter sido vítima há dois anos e a outra este ano. Uma delas relatou ao delegado que foi ao médico por ter dores nas mãos, mas que o ortopedista solicitou que ela deitasse na maca nua e de lado, tendo sido tocada pelo corpo.

No mesmo dia dos depoimentos, o advogado de Buchen, Luís Roberto Schmitt Júnior, entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça. O resultado deve sair em duas semanas. Até lá, o médico permanece detido aguardando julgamento. O processo que envolve Buchen corria em segredo de justiça, mas foi liberado pelo juiz responsável pelo caso, Sérgio Aragão.

- Fiz isso para permitir que outras pessoas que se sintam vítimas tenham acesso e procurem as autoridades - explica.

Médico foi preso na sexta-feira passada

O médico foi preso sexta-feira no consultório onde trabalhava em Blumenau pelo crime de atentado violento ao pudor. O profissional respondia em liberdade a um processo movido em 2008 por duas pacientes blumenauenses. Um dia depois de ser preso, no sábado, já dentro do Presídio Regional, na cela especial, ele feriu-se com facas.

Em virtude disso, foi conduzido ao Hospital Santa Isabel, onde permanece internado sob a escolta policial e com a presença de familiares. Momentos antes do fato, ele escreveu uma carta sobre as suspeitas contra ele. O delegado Koerich não quis revelar o conteúdo da carta, mas apenas disse que foi endereçada à mulher e à filha. Ontem, o Ministério Público solicitou que seja feito um exame de corpo de delito em Buchen para verificar se é necessário a permanência dele no hospital para receber o tratamento.

O órgão também recomendou que pelo menos um familiar acompanhe Buchen por ele apresentar um quadro depressivo. A reportagem tentou contato com o advogado do médico ontem à noite. Na primeira ligação ele informou que poderia falar em 30 minutos. Quando a reportagem retornou ele não atendeu.

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