| 12/09/2011 17h47min
A partir de março de 2012, as escolas estaduais e municipais devem iniciar a implementação de um novo sistema de Ensino Médio. A medida, segundo a secretária-adjunta estadual de Educação, Maria Eulalia Nascimento, não é uma resposta ao ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no qual o Rio Grande do Sul perdeu a supremacia em comparação com os demais Estados.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (SEC), a mudança se inicia no ano que vem na 1ª série do Ensino Médio. Em 2013, na série seguinte. A conclusão do calendário de mudanças será em 2014.
— O ranking do Enem não é o único elemento provocador das mudanças no Ensino Médio, mas apenas um deles. Nós temos um quadro no Rio Grande do Sul bem preocupante no que diz respeito a reprovação e abandono. O Enem apenas comprova a importância desta reestruturação — afirmou a secretária-adjunta.
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Primeiro colocado na prova de 2009 com uma média geral de 553,96, o RS ocupa hoje o quarto lugar, com uma nota de 559,69, levando em conta o desempenho em 2010 das redes pública e privada na prova objetiva e na redação. Outros três Estados tiveram avanços mais significativos no desempenho e ultrapassaram o RS: Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
— O estudante ainda não consegue entender o contexto em que está inserido. O Rio Grande do Sul mantém uma estrutura superada que recém agora está sendo discutida. Estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo já realizaram modificações na grade.
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O objetivo da mudança curricular, de acordo com Maria Eulalia, é integrar a realidade cultural e tecnológica da sociedade à educação.
— A partir de agora, o Ensino Médio irá atuar sobre novos eixos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura), além das áreas usuais de conhecimento, como matemática e português — explicou.
Está prevista para o final de setembro uma conferência de educação do Ensino Médio (EM) e da educação profissional, que pretende reunir 173 escolas de EM para discutir as mudanças. Uma das alterações é a ampliação da carga horária. Passaria de 2,4 mil ao longo de todo o Ensino Médio para 3 mil, ou seja, 200 horas a mais por ano, quando os estudantes realizariam estágios para se aproximar do mercado de trabalho.
— Quem tem interesse em conhecer as áreas de produção terá contato com empresas. Mas eles não vão terminar o estágio com um diploma em química, vão conhecer e se aproximar destes setores — exemplifica Maria Eulalia.
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Além das mudanças de currículo, haverá uma reestruturação estrutural nas escolas. Segundo a secretária-adjunta, estão previstas as reformas de 139 quadras de esporte, 103 laboratórios de ciência e 87 laboratórios de informática.
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Foto:
Emílio Pedroso
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