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 | 28/02/2011 21h16min

EUA querem criar zona de restrição aérea na Líbia, diz Casa Branca

Mobilização de "forças navais e aéreas" daria ao presidente americano Barack Obama um leque de possibilidades diante da crise, disse porta-voz do Pentágono

Atualizada às 21h16min

O exército americano posiciona forças navais e aéreas em torno da Líbia, informou o Pentágono nesta segunda-feira, no momento em que potências ocidentais analisam a possibilidade de uma intervenção militar contra o regime do coronel Muamar Kadafi.

>> Acompanhe a cobertura do enviado do
Grupo RBS ao mundo árabe, Rodrigo Lopes


— Temos funcionários trabalhando em vários planos de contingência, e acho que podemos dizer que, como parte disso, estamos reposicionando forças para que ofereçam essa flexibilidade assim que as decisões forem tomadas —, declarou o porta-voz do Pentágono, Dave Lapan, à imprensa.

A mobilização de "forças navais e aéreas" daria ao presidente americano Barack Obama um leque de possibilidades diante da crise, disse Lapan, sem especificar que navios ou aviões receberam a ordem de se reposicionar, nem que possíveis ações estariam sendo consideradas. Depois da repressão da oposição pelas forças leais a Kadafi, os líderes europeus e americanos estão avaliando utilizar o poderio aéreo da Otan para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, para impedir que o líder líbio bombardeie seus inimigos. Para qualquer intervenção militar, os comandantes americanos podem recorrer ao USS Enterprise, que já está no Mar Vermelho, assim como ao navio anfíbio USS Kearsarge, que tem uma frota de helicópteros e cerca de 2 mil marines a bordo.

Além de uma possível zona de exclusão aérea, as nações ocidentais também avaliam a criação de um "corredor" humanitário nos vizinhos Tunísia e Egito para ajudar os refugiados, informou o New York Times. O governo Obama também discute se o exército americano pode atrapalhar as comunicações para impedir que o coronel Kadafi transmita mensagens na Líbia, escreveu o Times. Bases dos EUA e da Otan na Itália podem servir como potenciais áreas de encenação para ações contra a Líbia, incluindo a base americana Sixth Fleet, perto de Nápoles. O exército americano está preparando um leque de possíveis opções, mas nenhuma decisão foi tomada, informou um funcionário da Defesa.

— Estamos em uma fase exploratória neste momento — informou à AFP outro funcionário americano da Defesa, que não quis se identificar.

Os Estados Unidos e seus aliados europeus e da Otan debateram nesta segunda-feira em Genebra, paralelamente à reunião do Conselho de Direitos do Homem da ONU, os meios de pôr fim às violências na Líbia e apressar a saída do coronel Kadafi. O exílio de Kadafi é "uma possibilidade" para pôr fim à revolta sem precedente que abala a Líbia, estimou nesta segunda-feira um funcionário da Casa Branca.

AFP
 
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