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 | 30/03/2005 13h44min

Renúncia de premiê libanês pode adiar eleições

Oposição acusa atual governo de manobra política

O primeiro-ministro do Líbano, Omar Karami, um político pró-Síria, confirmou nesta quarta, dia 30, que deve abandonar os esforços para formar um governo de unidade nacional, mas não chegou a apresentar sua renúncia.

Os esforços malsucedidos de Karami na tentativa de formar tal governo e sua resignação com o fracasso alimentaram suspeitas de que a atual administração faça uma manobra para adiar o pleito, marcado para maio.

A oposição, anti-Síria, sempre rejeitou a idéia de formar um governo de unidade nacional. Os simpatizantes da Síria no Líbano, liderados pelo grupo muçulmano Hizbollah, realizaram uma barulhenta manifestação do lado de fora da embaixada dos EUA em Beirute. Vários milhares de manifestantes agitaram bandeias e gritaram palavras de ordem contra os norte-americanos.

Karami reuniu-se com o presidente do país, Emile Lahoud, a fim de dizer-lhe que pretendia renunciar. O premiê, um muçulmano sunita, afirmou depois, porém, que apresentaria seu pedido de renúncia somente depois de conversar com sua base de apoio no Parlamento.

Segundo políticos, os governistas podem se reunir na sexta-feira à tarde e pedir a Karami que continue no cargo. O primeiro-ministro renunciou ao posto há um mês, em meio a grandes manifestações populares detonadas pelo assassinato de Hariri. Mas o Parlamento, dominado por deputados pró-Síria, acabou recolocando-o no poder.

A oposição, que acusa a Síria e as agências de segurança aliadas dela pela morte de Hariri, exigiu que um novo governo seja formado com autoridades que não disputarão as eleições.

As informações são da agência Reuters.

 

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