O premiê pró-Síria do Líbano, Omar Karami, deve deixar o posto esta semana, depois de fracassar em convencer a oposição a participar de um governo que administraria o país até as eleições de maio, segundo informações do governo divulgadas nesta terça, dia 29.

Karami renunciou ao cargo há um mês, cedendo à pressão popular que se seguiu ao assassinato de seu antecessor, Rafik al-Hariri, mas acabou sendo novamente indicado para formar um governo de unidade nacional.

A oposição, porém, se recusou a entrar no governo antes das eleições, pois acredita que ganhará a maioria no Parlamento, hoje dominado por políticos pró-Síria.

Se o primeiro-ministro renunciar, o presidente Emile Lahoud terá de consultar os parlamentares novamente antes de indicar um novo primeiro-ministro. O processo pode retardar a realização das eleições.

O atentado a bomba contra Hariri, em 14 de fevereiro, deu origem aos maiores protestos populares da história do Líbano, e mergulhou o pequeno país na mais grave crise política desde o fim da guerra civil, entre 1975 e 1990.

As informações são da agência Reuters.