Terroristas ameaçaram neste domingo, dia 27, explodir um edifício em Beirute, no Líbano. O prédio abriga empresas de comunicação e o motivo da ameaça teria sido a cobertura de uma explosão de um carro-bomba na capital libanesa. Oito pessoas ficaram feridas no atentado.

Um porta-voz da rede de televisão Al Jazeera, localizada no Catar, afirmou que chamada foi feita para a central de telefonia do edifício, localizado no centro de Beirute, na manhã de domingo. A Al Jazeera é um dos veículos de comunicação do edifício que recebeu o alerta. O visitante não especificou nenhum veículo.

O canal de TV informou anteriormente em seu site que a ameaça foi contra seu escritório em Beirute por causa da cobertura do atentado pela emissora, que incluiu entrevistas com líderes-políticos contrários à Síria. O porta-voz da Al Jazeera, Jihad Ballout, declarou que o escritório da emissora em Beirute estava funcionando normalmente.

A Al Jazeera fez uma extensa cobertura sobre o ataque ao leste cristão de Beirute, ocorrido no sábado, exibindo uma entrevista com o líder de oposição à Síria, Walid Jumblatt, que acusou as autoridades de segurança libanesas apoiadas por Damasco.

No mês passado, a maior concorrente na Al Jazeera, a Al Arabiya, declarou que seus funcionários tinham recebido ameaças de morte de organizações de segurança da Síria devido à transmissão de uma entrevista com o secretário-geral da Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, na qual ele pede que a Síria retire suas tropas do Líbano em abril.

O assassinato do ex-premiê libanês Rafik al-Hariri no mês passado desencadeou a maior crise política no Líbano desde o final da guerra civil, que durou de 1975 a 1990.

As informações são da agência Reuters.