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BNDES faz reunião para convencer empresariado a investir

Objetivo era mostrar a nova política de governança, com mais abertura para o setor produtivo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) reuniu nesta quinta, dia 29, uma parcela do empresariado brasileiro para transmitir um tom otimista sobre a economia e deixar claro que o governo já "arrumou a casa'' e que cabe agora a eles investirem no país. A reunião foi a portas fechadas na sede do banco e contou com representantes de 56 empresas de expressão, entre elas o Grupo Ultra, Ipiranga, Aracruz, Suzano, Gerdau, Siemens e CPFL, além de sindicalistas.

– A reunião foi para mostrar ao empresário como o BNDES está vendo 2004. Às vezes o empresário está focado no seu setor e não olha para a questão macro – disse o presidente do BNDES, Carlos Lessa, após o encontro.

A idéia do encontro foi do empresário Eugênio Staub, presidente da Gradiente e conselheiro do BNDES, e do ministro de Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Segundo Staub, o objetivo da reunião era mostrar uma nova política de governança do BNDES, que mostra mais abertura para o setor produtivo.

O banco não anunciou medidas na reunião, mas tem um orçamento este ano de R$ 47,3 bilhões, 36% a mais que os empréstimos concedidos no ano passado. Lessa afirmou que o orçamento de 2004 evidencia a confiança do banco na retomada do desenvolvimento brasileiro.

– A primeira coisa é a nossa confiança de que o país dará um salto à frente e isso se expressa muito concretamente em estarmos aprovando um orçamento desse porte.

Ele citou ainda a expansão de 89% prevista nas operações no setor de infra-estrutura nos quatro segmentos: energia, telecomunicações, logística e petróleo e gás. Segundo ele, isso significará dobrar o volume de liberações do ano passado, alcançando R$ 10,8 bilhões. O presidente do BNDES espera aprovar mais oito usinas hidrelétricas de grande porte e 60 de pequeno porte. O programa hidrelétrico do BNDES prevê também o financiamento a mais 2 mil quilômetros de linhas de transmissão.

Lessa destacou ainda a importância do crescimento “robusto” proposto pelo banco para a área produtiva. O orçamento para os segmentos agrícola e industrial é de R$ 19,5 bilhões em 2004, com aumento de 24% e 28% respectivamente.

O encontro aconteceu no mesmo dia em que o Banco Central divulgou que a decisão de manter o juro básico da economia em 16,5% ao ano foi tomada por temores de que a inflação de janeiro pode não ser pontual, como acreditava o mercado. A informação gerou preocupações nos investidores e o dólar disparou 1,24% e a Bovespa despencou mais de 6%.

Com informações das Agências Brasil e Reuters.

 

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