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 | 02/10/2006 13h17min

Especialistas aprovam postura da Gol

Empresa adotou procedimentos corretos para manejar crise

A Gol adotou até agora os procedimentos corretos para manejar a crise provocada pela maior tragédia já ocorrida na história da aviação brasileira, segundo especialistas ouvidos ontem por Zero Hora.

- Em tragédias como essa, é melhor sacrificar a agilidade em nome da informação segura - avaliou o consultor de imagem Mário Rosa, autor de livros como a A Era dos Escândalos e A Velocidade da Reputação.

Parentes e familiares das 155 pessoas que estavam a bordo do Boeing 737-800 da Gol que caiu sexta-feira em Mato Grosso chegaram a entregar um documento às autoridades em que protestaram pela falta de informações sobre o acidente.

Para especialistas como Rosa, no entanto, a empresa agiu corretamente ao só se manifestar depois da confirmação da queda por autoridades públicas do setor, para não gerar pânico desnecessário.

- Infelizmente, acidentes graves como esse acontecem, e as empresas devem estar preparadas para reduzir ao máximo o dano para as vítimas e seus familiares. É o pior pesadelo para uma companhia aérea, mas também é quando se descobre o DNA, o caráter da empresa - afirma o especialista em aviação Gianfranco Beting.

- Não há matemática para vidas humanas, mas a empresa tem o dever, neste momento de dor, de ser objetiva. Divulgar informações imprecisas só aumenta o descontrole e a sensação de desamparo - reforça Rosa.

A avaliação dos dois especialistas coincide com a da psiquiatra Regina Margis:

- Cada situação e cada pessoa têm as suas necessidades específicas. O que pode ser dito, de maneira geral, e já está bem definido em estudos, é a importância do suporte social às vítimas e seus familiares. Em outras palavras, é fundamental estar à disposição para eles - acrescenta.

Entre as atitudes consideradas acertadas, Mário Rosa destaca a manutenção de outros vôos da empresa, a concentração dos familiares das vítimas em um só local - no caso, Brasília - e o fato de a entrevista coletiva ter sido dada pelo presidente da companhia e por um funcionário com informações técnicas.

LÚCIA RITZEL
 

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