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| 02/10/2006 12h47min
Sentiram um impacto, ouviram um barulho e nada viram. Depois, olhando pela janela, verificaram a existência de pequenas avarias. Este é, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, o resumo dos depoimentos da tripulação (piloto e co-piloto) e dos cinco passageiros do Legacy 600, da Embraer, que colidiu com um Boeing da Gol, na sexta-feira, no norte de Mato Grosso, com 155 pessoas a bordo.
Recém comprado pela empresa Excel Air Services, o Legacy partiu de São José dos Campos, em São Paulo, com destino aos Estados Unidos e escala em Manaus. Conforme o relato das pessoas a bordo do jato - seis americanos e um brasileiro -, as conseqüências da colisão com o Boeing se resumiram a um certo desequilíbrio na aeronave, logo controlado, e danos em duas peças: o profundor, localizado na cauda do avião, e o equipamento, situado na ponta da asa esquerda e cuja função é auxiliar na estabilidade do aparelho. - Eles relataram terem sentido um impacto e deduziram que podiam ter colidido com outra aeronave, mas dizem não ter visto nada. Ninguém viu absolutamente nada - afirmou o delegado Anderson Garcia, que tomou o depoimento do piloto do avião, Joe Lepore, e do co-piloto, Jan Palladino. Por determinação da Polícia Civil de Mato Grosso, os sete depuseram sábado durante toda a noite em Cuiabá no inquérito civil que apura as causas do acidente. Segundo Anderson Garcia, a decisão de pousar na base militar da Serra do Cachimbo foi uma "precaução", diante das avarias detectadas no avião, visíveis pelas janelas. Os tripulantes afirmaram que a aeronave, comprada dias antes na fábrica da Embraer em São José dos Campos, tem equipamento anticolisão, mas por um motivo desconhecido, o alarme não disparou. Piloto e co-piloto também informaram que a rota que seguiam, a 37 mil pés (11,2 mil metros) de altitude, foi autorizada pela torre de controle de São José dos Campos e que não se desviaram dela.Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.
