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 | 09/02/2008 18h48min

Hillary e Obama retomam a disputa em novo caucus

Além da vantagem com os latino-americanos, a ex-primeira-dama lidera entre mulheres e pobres

Os senadores Hillary Clinton e Barack Obama retomam neste sábado a disputa pelo apoio de delegados, após encerrar a "superterça" com um empate técnico que deixou a campanha pela candidatura presidencial democrata ainda mais acirrada.

Obama retratou bem o clima desta semana, ao garantir que ele e a ex-primeira-dama estão envolvidos em uma competição "feroz" na qual ainda há "muitos assaltos a serem disputados". Os estados de Nebraska e Washington realizam hoje seus "caucus" democratas e na Louisiana acontecem as primárias do partido.

Os americanos do Kansas também vão hoje às urnas, mas apenas para escolher os "presidenciáveis" republicanos, entre os quais o senador pelo Arizona, John McCain, deve sair vencedor. Os observadores apontam que Obama parte com vantagem na próxima rodada de eleições deste mês, que inclui ainda os "caucus" de amanhã no Maine, as primárias de Maryland, Virgínia e do Distrito de Columbia na terça-feira, e do Havaí e Wisconsin no dia 19.

Acredita-se que a alta percentagem de afro-americanos na Louisiana dê hoje a vitória a Obama no estado. O senador pretende se tornar o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Em Washington, onde há o maior número de delegados, 78, os analistas também apostam na vitória do senador por Illinois, favorito entre os vários residentes do estado com alto poder aquisitivo.

Já em Nebraska, o panorama não está bem definido. Obama investiu muitos recursos no estado e conta com o apoio do popular senador democrata Ben Nelson. Segundo as pesquisas, Hillary deve ganhar nos "caucus" de domingo no Maine, onde recebeu o apoio do governador John Baldacci.

O "grande prêmio" de fevereiro será disputado na terça-feira, com as eleições primárias de Maryland, Virgínia e do Distrito de Columbia, estados com grande percentagem de eleitores afro-americanos democratas. Hillary fará campanha em todos esses pleitos, mas grande parte de seus esforços se concentram em estados maiores, como Texas, Ohio e Pensilvânia, que votarão em março e abril e enviarão 600 delegados à convenção do partido de agosto.

No total, é necessário contar com 2.025 delegados para conseguir a nomeação democrata. Em Ohio e na Pensilvânia predomina a classe operária, com a qual a ex-primeira-dama dos EUA conseguiu manter diálogo. Por sua vez, o Texas é um estado com muitos latinos, grupo que também favorece a senadora por Nova York, como ficou claro na superterça, quando Hillary conquistou 70% dos votos hispânicos.

Além da vantagem com os latino-americanos, a ex-primeira-dama lidera entre o eleitorado feminino e o de menor poder aquisitivo. Obama conta com o apoio majoritário dos afro-americanos, dos jovens, dos setores mais endinheirados da população e dos mais escolarizados.

Não falta quem afirme que a habilidade de um e de outro para mobilizar em massa esses grupos poderia ser o fator determinante nesta incerta corrida eleitoral. Ninguém parece descartar totalmente a possibilidade de o enigma se prolongar até a convenção. Caso isso aconteça, a última palavra pode ser dada pelos cerca de 800 superdelegados, funcionários escolhidos ou designados pelo partido que têm a liberdade de votar em quem achar melhor.

EFE
 
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