clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

 | 30/03/2005 12h35min

Carlito Merss admite que derrubou MP 232 por pressão da base

PMDB de Michel Temer e o PP de Severino Cavalcanti seriam os autores da idéia

O deputado federal Carlito Merss (PT-SC) admitiu nesta quarta, dia 30, que sugeriu a derrubada completa da Medida Provisória (MP) 232, da qual era relator, devido a um pedido da base governista, em especial o PMDB de Michel Temer e o PP de Severino Cavalcanti.

A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN/Diário.

– Na segunda (28), houve uma reunião no Palácio do Planalto, comigo, os ministros Antônio Palocci, Aldo Rebello, Paulo Bernardo e a base. Eu coloquei as mudanças que faria e a maioria concordou. O PMDB e o PP sugeriram derrubar tudo e que o governo, em menos de 15 dias, apresentasse um projeto de lei para manter os 10% de atualização e apresentar as necessidades para financiar a renúncia fiscal – disse.

A matéria previa a elevação da carga tributária para os prestadores de serviço, profissionais liberais e agricultores e, ao mesmo tempo, a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

Além da pressão da base, Merss atribuiu o recuo do governo federal aos formadores de opinião que, segundo ele, “fazem o que querem no Brasil”.

– Eu mudei completamente a MP. Mas, é óbvio, é uma medida que atinge aqueles que fazem opinião. Então não adianta, 200 mil pessoas fazem o que querem neste país porque têm o controle da mídia e passam a versão de que o mundo iria acabar porque eles iriam pagar 1,92% a mais como pessoa jurídica do lucro presumido. É muito difícil, é uma luta desigual no Brasil – afirmou.

O deputado considerou, porém, que o governo também falhou ao não explicar direito à sociedade o que seria a MP.

– O governo, em janeiro e fevereiro, permitiu que a MP se transformasse neste monstro, o que não é, e não conseguiu explicar o que era a MP – disse.

Segundo Merss, o aumento de 1,92% separa aquele prestador de serviço que faz elisão (pessoa que, sozinho, vira uma empresa para pagar menos impostos) daquele empresário que efetivamente gera empregos.

– O PFL e o PSDB agora se dizem defensores dos trabalhadores assalariados. Eles não fizeram durante oito anos, não atualizaram a tabela e nos deixaram este esqueleto – afirmou.

 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.