As regras de proteção a civis e de assistência a combatentes feridos foram desrespeitadas pelos norte-americanos e pelos rebeldes no conflito na cidade iraquiana de Falluja, segundo a Anistia Internacional. O grupo, com sede em Londres, exigiu, nesta segunda, dia 15, que todas os casos de violação fossem investigados e que os responsáveis por eles fossem julgados.

Não apenas os soldados norte-americanos e iraquianos deixaram de tomar as medidas necessárias para garantir a segurança dos não-combatentes, como os insurgentes abusaram de bandeiras de rendição e dispararam indiscriminadamente.

Segundo a Anistia, 20 integrantes de equipes médicas iraquianas e dezenas de outros civis foram mortos quando um míssil atingiu uma clínica de Falluja, no dia 9 de novembro, segundo um médico que sobreviveu ao ataque. Não se sabe quem disparou o míssil.

No mesmo dia, um menino de 9 anos de idade sangrou até morrer depois de ter sido atingido no estômago por um estilhaço de um projétil. Impossibilitados de levá-lo a um hospital por causa do tiroteio, os pais dele enterraram-no no jardim de sua casa.

Em outro ponto da cidade, uma mulher e suas três filhas acabaram morrendo quando a casa delas foi bombardeada, afirmou a Anistia. O grupo também disse que o Channel Four News, um canal de TV da Grã-Bretanha, mostrou imagens no dia 11 de novembro em que um soldados norte-americano parece disparar na direção de um insurgente ferido e depois comentar: "Esse já era."

– Segundo as leis humanitárias internacionais, as forças norte-americanas têm a obrigação de proteger os combatentes que não possam mais lutar. A Anistia Internacional exige que os EUA investiguem esse incidente imediatamente – afirmou o grupo.

As informações são da agência Reuters.