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Annan decide investigar denúncias de corrupção na ONU

Colin Powell elogia decisão do secretário-geral da entidade

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse neste sábado, dia 20, estar ''profundamente preocupado'' com as suspeitas de corrupção no extinto programa humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque e elogiou a decisão do secretário-geral da entidade, Kofi Annan, de investigar o assunto.

Annan está sob pressão de Powell e de políticos iraquianos e norte-americanos para investigar acusações de subornos e desvio de verbas que teriam sido cometidos pelo regime de Saddam Hussein contra o bilionário programa da ONU que previa a troca de petróleo por gêneros essenciais.

– Estamos preocupados, profundamente preocupados de que o dinheiro que deveria ter ajudado o povo iraquiano tenha sido desviado por Saddam Hussein, mais uma vez demonstrando a natureza do regime – disse Powell a jornalistas durante passagem pelo Kuwait. – Esse dinheiro não foi usado para alimentação, saúde ou água potável. Foi usado para palácios e luxo – acrescentou ele.

O programa movimentou mais de US$ 65 bilhões em rendimentos do petróleo sob controle da ONU, que o estabeleceu para aliviar as conseqüências das sanções econômicas sobre o país. o programa foi encerrado no ano passado, depois da invasão norte-americana que derrubou Saddam.

Em carta ao Conselho de Segurança, que supervisionava o programa, Annan pediu na noite de sexta-feira apoio, mas não autorização, para investigar o caso. Ele prometeu mais detalhes na próxima semana.

A ONU já iniciou uma investigação interna entre seus funcionários. Annan disse que agora é necessário criar "um inquérito independente de alto nível'' sobre o caso. Segundo o secretário-geral, o administrador norte-americano do Iraque, Paul Bremer, e o Conselho de Governo nomeado pelos EUA prometeram apresentar documentos que ajudem na apuração.

Ahmed Chalabi, chefe do comitê de finanças do Conselho de Governo e duro crítico da ONU, está liderando a investigação no Iraque. Um inquérito completo, segundo fontes da ONU, necessitaria do apoio de membros do conselho para investigar a participação de intermediários que compraram petróleo, de empresas que forneceram produtos ao Iraque e do banco francês BNP-Paribas, que administrava a conta conjunta da ONU e do Iraque.

Em sua carta ao conselho, Annan disse que não só o antigo regime iraquiano tinha um papel importante no gerenciamento do programa, mas também a direção da ONU. O secretário disse que as acusações publicadas na imprensa, sejam ou não fundamentadas, "precisam ser levadas a sério e analisadas imediatamente, a fim de trazer à luz a verdade e evitar a erosão da confiança e esperança que a comunidade internacional deposita na organização''.

O Escritório de Contabilidade dos EUA, órgão ligado ao Departamento do Tesouro, está tentando localizar e congelar pelo menos US$ 10 bilhões que pertenceriam ao Iraque e teriam sido desviados.

 
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