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EUA capturaram Saddam apenas sete meses após fim da guerra

Ex-ditador estava escondido em um buraco próximo a Tikrit

A primeira grande queda do ditador Saddam Hussein ocorreu no dia 9 de abril, quando soldados norte-americanos e civis iraquianos derrubaram a estátua do presidente iraquiano em plena Praça Ferdaus, no coração de Bagdá. A imagem simbolizou a vitória norte-americana no centro da resistência à invasão dos Estados Unidos. O presidente George W. Bush encerrou conflito oficialmente no dia 1° de maio, mas a busca pelo verdadeiro ditador prosseguia.

Durante meses, as tropas americanas rastrearam os vestígios do ex-líder em todo o território iraquiano. Apenas no fim do ano, as forças de coalizão conseguiram a derrocada definitiva do ex-comandante do Iraque.

No centro da capital iraquiana, os soldados de George W. Bush cubriram o rosto da escultura que representava o tirano. Na captura real, ocorrida no dia 13 de dezembro, a face de Saddam era a prova do triunfo norte-americano. As cenas humilhantes da prisão foram repetidas milhares de vezes. O ex-ditador, de 66 anos, estava sujo, maltrapilho, barbudo e desgrenhado. O ex-homem forte do Iraque terminou seus dias de foragido escondido em um buraco imundo, em uma fazenda em Ad-Dawr. Ao lado de Saddam, havia US$ 750 mil em dinheiro, dois fuzis automáticos AK-47 e uma pistola. Apesar das armas, o ex-líder do Iraque não mostrou resistência. Nenhum tiro foi disparado pelas tropas. A captura do ex-ditador pôs fim a um dos maiores desafios da ocupação americana, mas não concluiu a empreitada que se estende um ano após o primeiro míssil atingir Bagdá. 

O atual presidente do Conselho de Governo de Iraque (CG), Mohamed Bahr el Ulum, declarou neste mês que rejeita qualquer intervenção estrangeira no julgamento do ex-presidente iraquiano, Saddam Hussein. Ele lembrou que o "CG pediu ao Governo Provisório, liderado pelo americano Paul Bremer, que esse processo judicial seja exclusivamente iraquiano. Sem interferência estrangeira".

O governo norte-americano acreditava que a detenção de Saddam Hussein terminaria com as ações contra os soldados aliados. A teoria não se mostrou exata, apesar da redução de baixas diárias no país após a prisão do ex-déspota. O anúncio da captura do homem forte do Iraque ocorreu no dia 14 de dezembro. O comunicado esperado desde o princípio da invasão foi realizado pelo administrador americano no país, Paul Bremer. O Exército dos EUA localizou Saddam Hussein a 15 quilômetros da cidade de Tikrit.

Antes da caçada bem-sucedida do ditador, a Casa Branca já tinha obtido um triunfo na busca dos ex-membros do governo iraquiano. Uday e Qusay, filhos de Saddam Hussein, foram mortos no dia 22 de julho quando tropas americanas atacaram seus esconderijos na cidade de Mosul, no norte do Iraque. Assim como o pai, eles foram delatados. O Exército norte-americano pagou ao homem que os entregou US$ 30 milhões.

Dos 55 iraquianos procurados pelas tropas americanas, apenas um membro da cúpula do antigo regime ainda está foragido: Izzat Ibrahim Al-Douri, ex-vice-presidente do Conselho do Comando Revolucionário e subcomandante das forças armadas iraquianas. Ele é suspeito de ser o coordenador da resistência nas regiões de Samarra e Tikrit.

Outros integrantes do baralho de cartas dos mais procurados foram capturados ou se entregaram ao Exército. Entre os detidos estão Abdul Tawab Mullah Hwaish, ex-dirigente do Ministério de Industrialização Militar e ex-vice-primeiro-ministro, encarregado da aquisição de armas e do deslocamento de mísseis, Mizban Khadr Hadi, um dos principais assessores de Saddam e ex-comandante de uma das quatro regiões militares que o ditador estabeleceu pouco antes da guerra, e Taha Mohieddin Maruf, que ocupava uma das duas vice-presidências do Iraque (um cargo meramente cerimonial).

 
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