Remanescentes do grupo Talibã assumiram nesta segunda, dia 29, a responsabilidade pelo atentado suicida realizado no domingo em Cabul. Na ação, foram mortos cinco integrantes das forças de segurança e dois guerrilheiros. O grupo prometeu realizar uma nova onda de ataques nas cidades do país.

O atentado de domingo, dia 28, foi o pior ocorrido em Cabul desde que quatro membros alemães das forças de paz foram mortos e outros 31 ficaram feridos na explosão de um carro-bomba em junho. A ação coincidiu com a fase final dos debates sobre a nova Constituição do país.

– Um grupo de 200 mujahideen (combatentes sagrados) entrou em várias cidades do Afeganistão – disse o mulá Sabir Momin, vice-comandante de operações do Talibã no sul do Afeganistão.

– Apenas em Cabul, há 130 homens treinados do Talibã envolvidos em missões suicidas – acrescentou, em declarações dadas por meio de um telefone via satélite.

Integrantes do Talibã – no governo até o final de 2001 – e seus aliados islâmicos, entre eles membros da rede Al-Qaeda, declararam uma guerra santa contra as forças estrangeiras estacionadas em território afegão e seus aliados, entre os quais autoridades do governo, soldados e funcionários de grupos de ajuda humanitária.

Nos últimos meses, os ataques mais violentos realizados por guerrilheiros aconteceram em áreas remotas do sul e do leste do país. Mais de 400 pessoas foram mortas nos episódios ocorridos desde o começo de agosto.

Não se sabe exatamente como se realizou o ataque de domingo, ocorrido pouco depois do anoitecer. Um porta-voz do Ministério de Defesa afirmou que, segundo indícios, havia dois terroristas envolvidos.

Ele disse que membros das forças de segurança, após receberam uma denúncia, prenderam dois homens. Um levava explosivos em uma panela e outro os transportava atados ao corpo. Esse último conseguiu detonar sua carga. As forças de paz internacionais disseram inicialmente que a explosão havia sido provocada por um carro-bomba.

As informações são da agência Reuters.