Pelo menos 15 pessoas morreram e 46 ficaram feridas nesta quinta, dia 25, em um atentado contra o presidente do Paquistão, Pervez, Musharraf. O presidente sobreviveu por pouco à segunda tentativa de assassinato em menos de duas semanas. Suicidas portando bombas atacaram sua comitiva.

Funcionários do governo disseram que os dois carros usados no ataque saíram de dois postos de gasolina a uns 200 metros da rua principal onde passava a comitiva na cidade de Rawalpindi, onde Musharraf escapou de outro ataque a bomba em 14 de dezembro. A forte explosão espalhou escombros e partes de corpos sobre uma grande área e danificou a parte frontal do Mercedes blindado do presidente, mas ele não sofreu ferimentos, disseram eles.

– O presidente e sua comitiva estão bem – afirmou o major-general Shaukat Sultan.

Conforme um militar-sênior, alguns policiais que acompanhavam a comitiva ficaram feridos. As autoridades suspeitam que militantes islâmicos, a quem Musharraf nomeou como alvos de repressão como parte de sua contribuição à "guerra contra o terror" liderada pelos Estados Unidos, estejam por trás do ataque de 14 de dezembro. Sultan disse que ainda era cedo para apontar possíveis responsáveis pelo novo ataque.

A lista de inimigos de Musharraf é longa. Ele irritou os militares ao deixar de apoiar o regime Talibã no Afeganistão, prendendo centenas de membros do grupo Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, desde os ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, além de reprimir outros grupos internos.

O ataque desta quinta vem um dia depois que Musharraf chegou a um acordo com islâmicos linha-dura da oposição para abdicar do cargo de Chefe das Forças Armadas no final de 2004, resolvendo um assunto que vinha praticamente paralisando o parlamento. O acordo prevê a continuidade do presidente no poder até 2007, embora o enfraquecimento das relações com os militares possa vir a abalar sua posição.

Com informações da Agência Reuters.