O técnico Dunga negou ter usado as críticas do presidente Lula após os Jogos Olímpicos de Pequim para motivar os jogadores da Seleção Brasileira antes da partida de domingo contra o Chile. De acordo com o treinador, apenas as provocações dos jornais chilenos foram usadas na preleção.

— Se as críticas resolvessem, a gente não perderia nunca, porque sempre somos criticados — disse o treinador em entrevista coletiva realizada neste segunda-feira, em um hotel no Rio de Janeiro.

Dunga disse ainda que o grupo em nenhum momento se deixou abater pelas críticas sofridas após a derrota por 3 a 0 para a Argentina nos Jogos de Pequim e que ele próprio não temeu perder o emprego à frente da Seleção. 

— Essa Seleção é muito forte. Não foi o primeiro momento de turbulência: começou lá na Copa América, passou pela Olimpíada, e sempre demos uma resposta. Não me preocupo com o emprego. Eu me preocupo com o trabalho — declarou. 

O treinador pregou ainda um discurso de respeito à Bolívia, adversário desta quarta-feira, às 21h50min, no Engenhão, e que ocupa a última posição na tabela das Eliminatórias, com 4 pontos. Indiretamente, também rebateu as críticas que vem sofrendo.

— Primeiramente, não vamos usar essa palavra que você (jornalista) usou, "lanterna". Vamos respeitar o time Bolívia. Como todo mundo tem que respeitar cada um que trabalha antes de se fazer uma crítica. Temos de ter humildade e respeito com quem está do outro lado — afirmou Dunga.