Depois de o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, ter criticado o Milan por mais uma vez não contar com o meia Kaká, cortado em razão da recuperação de uma artroscopia no joelho, o vice-presidente do clube italiano, Adriano Galliani, negou nesta sexta-feira que tenha dificultado a liberação do jogador. A informação é do jornal italiano Gazzetta dello Sport.

– Nós não nos metemos em nada. A operação foi decidida pelo professor Runco, médico da Seleção Brasileira, assim como o processo de recuperação dele vem sendo feito com o fisioterapeuta da equipe verde e amarela. O Milan não fez absolutamente nada, e nem pensamos em impedir Kaká de jogar por seu país – garantiu o dirigente.

– Acredito que isto é uma tempestade em um copo d'água. Não quero entrar em polêmica com Dunga, mas o Milan não se mete nestes assuntos – completou Galliani, na tentativa de minimizar o atrito com a CBF.

Kaká ainda não vestiu a camisa da Seleção nesta temporada e desfalcará o Brasil nos difíceis compromissos contra Paraguai e Argentina, na próxima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O jogador se recuperará da cirurgia a tempo para a Olimpíada de Pequim, mas o Milan não irá liberá-lo para os Jogos.

– O Milan sempre se opôs à questão dos Jogos Olímpicos, mas Kaká foi operado agora porque foi o doutor Runco que lhe disse para fazer dessa forma – insistiu Galliani, jogando para o médico da Seleção a responsabilidade da data da cirurgia que tirou Kaká dos próximos jogos do time canarinho.

Já a CBF publicou nota dizendo que o clube italiano estabeleceu prazo de 20 dias para o meia voltar a jogar. Assim, como isso só ocorreria em 13 de junho, dois dias antes da partida contra o Paraguai, a comissão técnica da Seleção decidiu pela desconvocação do atleta.