| 24/05/2008 20h08min
Um jogo para ser esquecido. Assim foi a estréia do técnico Guilherme Macuglia à frente do Figueirense na goleada sofrida por 4 a 0 para o Vitória dentro do Barradão, em Salvador. Foi o primeiro tropeço do alvinegro no Brasileirão e a primeira vitória do rubro-negro baiano na competição. O placar poderia ter sido mais elástico, mas isso só não aconteceu porque o Vitória desperdiçou muitas chances e o goleiro Wilson fez, ao menos, duas defesas inspiradas.
Na partida, o Vitória saiu na frente com Jackson, aos 20 minutos, e Dinei marcou aos 25 da primeira etapa. O camisa 9 voltou a balançar as redes aos quatro minutos do segundo tempo e Ricardinho selou a goleada aos 38.
A tabela
Com o resultado, o Figueirense, momentaneamente, conta com a defesa mais vazada (sofreu 10 gols) e também com o ataque mais positivo (marcou sete vezes). Na classificação, o time catarinense figura na sétima posição com quatro pontos. O Vitória tem a mesma soma, porém, pelo critérios de desempate, o time aparece no quinto lugar.
O jogo
A estratégia do técnico Vágner Mancini de impor um ritmo rápido no ataque do Vitória para assegurar o triunfo deu o tom da partida desde o apito inicial. O Figueirense pouco conseguia passar do meio-campo e, no primeiro tempo, chutou apenas duas vezes ao gol. Com Wellington Amorim isolado e Cleiton Xavier atuando mais à frente, o alvinegro pouco criou e passou os 90 minutos tentando se defender. A zaga também não se encontrou na partida e falhou em pelo menos dois gols do Vitória.
Primeiro tempo
Logo aos dois minutos, o Vitória já mostrou sua força. Após cruzamento do lado direito, a bola sobrou para Dinei, que perdeu um gol mais do que feito, sob a trave direita de Wilson. Dez minutos depois, nova chance de Dinei. O atacante recebeu dentro da área e bateu frontal à meta alvinegra. O chute só não foi bem-sucedido porque o zagueiro Asprilla meteu o corpo na frente e desviou para a linha de fundo.
Com a apatia do Figueirense, era uma questão de tempo para o Vitória marcar. O previsível gol saiu aos 20 minutos. Jackson aproveitou um rebote de Schmoller e chutou da entrada da área, rasteiro e cruzado: 1 a 0.
Cinco minutos depois, o Figueira sofreu mais um golpe. Vanderson cruzou do lado esquerdo e Dinei apareceu na pequena área para marcar, em mais um chute rasteiro e cruzado, que balançou a rede no mesmo canto do gol anterior, à esquerda de Wilson.
O goleirão alvinegro, destaque do jogo, impediu que o time tomasse o terceiro em uma defesa milagrosa, aos 35. Renan recebeu livre pelo pelo lado direito e bateu à queima-roupa do arqueiro que, com a perna direita, evitou o gol.
Antes do apito do intervalo o time da casa voltou a assustar. Aos 38, Renan chegou atrasado num cruzamento na pequena área e, por pouco, não completou para dentro da rede.
Etapa final
O estreante Macuglia tentou pôr algum ânimo no ataque ainda no intervalo. Sacou Elton para a entrada de Edu Sales. Rodrigo Fabri passou a atuar um pouco mais pelo lado esquerdo e Cleiton Xavier tentou aparecer mais na partida.
Porém, a empolgação e a ofensividade do Vitória sobressaíram logo no começo do segundo tempo. Aos quatro minutos, Dinei desviou nova jogada tramada pela esquerda para fazer o seu segundo no duelo: 3 a 0.
Com a vantagem no placar, o técnico rubro-negro Vágner Mancini diminuiu um pouco o ritmo da equipe. Ele sacou Dinei, contundido, para a entrada de Marco Antônio. Um pouco antes, Muriqui, ex-Avaí, também deixou o gramado para dar lugar a Héverton.
Macuglia também mexeu na equipe do Figueira. Sacou Marquinho e pôs Leandro Maquelelê. Substituiu César Prates — sentiu uma fisgada na perna — para colocar o zagueiro Williams Mateus, das categorias de base do alvinegro.
Mas, o Figueira não estava se acertando em nenhum setor. E, para sorte da torcida do time de Santa Catarina, o Vitória errava nas finalizações. Com isso, o goleiro Wilson voltou a se destacar com outra grande defesa. Aos 27, Marco Aurélio limpou a marcação e cruzou para Heverton, que teve o cabeceio barrado pelo goleiro.
Mas, aos 38 minutos não houve milagre diante da faciliadade com que o rubro-negro chegou ao quarto gol. Márcio Cordeiro cruzou da esquerda e Ricardinho, totalmente livre, nem precisou subir muito para testar à queima-roupa de Wilson: 4 a 0.
Sem mostrar poder ofensivo algum, o Figueirense foi à primeira vez com algum perigo à área rubro-negra somente aos 43 do segundo tempo. Rodrigo Fabri correu até a linha de fundo e cruzou próximo da meta de Viafara. E foi só. Aos 47, o árbitro apitou o final do jogo, restando aos jogadores do Figueira apenas lamentar:
— A gente não jogou, só ficou vendo o Vitória jogar — reconheceu Cleiton Xavier.
— Ninguém gosta de tomar 4 a 0, entramos apáticos, temos que conversar, nossa equipe tem qualidade, tem um bom técnico que está chegando, então temos que dar o máximo e reverter este placar na próxima partida — promete Asprilla.
Próximo jogo
No domingo que vem, o Vitória tenta manter seu entusiasmo em reedição de duelo da Série B de 2007 diante do Ipatinga, às 16h, em Minas Gerais. Já o Figueirense busca a recuperação no sábado, contra Goiás, às 18h10min, em Florianópolis.
Matéria atualizada às 22h01min.
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