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 | 11/03/2008 20h16min

Chefe militar diz que ferido em hospital não é líder das Farc

General diz que não existe semelhança física entre o desconhecido hospitalizado e Joaquín Gómez

Autoridades militares venezuelanas descartaram hoje que o homem que permanece hospitalizado em uma localidade na fronteira colombiana seja um suposto líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O chefe do Teatro de Operações Número Dois, general Juan Carlos Hidalgo, mostrou perante as câmeras da estatal Venezolana de Televisión (VTV) o homem ferido, e indicou que não tem qualquer semelhança física com o líder das Farc com o qual foi confundido.

A imprensa local levantou hoje a possibilidade de o ferido ser o dirigente das Farc Milton de Jesús Toncel, apelido de Joaquín Gómez, considerado o chefe do Bloco Sul desse grupo insurgente.

Para Hidalgo, o fato de não existir semelhança física entre o desconhecido hospitalizado e Joaquín Gómez seria "uma evidência de que a pessoa que se encontra aqui não é a que está sendo exibida na imprensa".

– Estão sendo feitas investigações, temos que esperar para verificar quem realmente é esta pessoa – acrescentou o chefe militar em declarações à televisão estatal, que mostrou imagens exclusivas do ferido.

A agência estatal de notícias ABN disse que fontes policiais revelaram que as impressões digitais do suposto guerrilheiro e da pessoa que o levou ao hospital venezuelano foram enviadas à Colômbia para que o país ajude nas investigações.

Hidalgo afirmou à agência estatal de informação que os dois portavam identidades falsas quando deram entrada na clínica, no último sábado.

A Guarda Nacional (GN, polícia militarizada) custodia desde quarta-feira passada a clínica privada da localidade de Rubio, no Estado fronteiriço de Táchira, por ordens da Promotoria Militar, segundo a informação oficial.

As declarações do general nas quais descartou que o ferido seja um líder das Farc foram divulgadas pela televisão estatal pouco depois que a imprensa privada local informou da iminente mudança do doente para outro centro médico não especificado.

O general Jesús González, chefe do Comando Operacional das Forças Armadas, disse ao canal estatal Venezolana de Televisión que a Direção de Inteligência Militar (DIM) e a Polícia de segurança do Estado (Disip) são as encarregadas de descobrir a identidade da pessoa hospitalizada.

– Nesta mesma tarde poderíamos ter a identidade definitiva das duas pessoas, da ferida e da que a acompanhou, que não estava ferida – apontou.

– Dispôs-se imediatamente a custódia do centro médico, porque se esta pessoa ferida for de um corpo como os paramilitares ou a guerrilha, é provável que pudessem ir até a clínica para tentar resgatá-lo, com o risco que isto representa para os médicos, aos doentes, às enfermeiras e ao resto do pessoal – declarou.

González confirmou que o ferido deu entrada no sábado passado e disse que seu acompanhante apresentou documentos falsos quando foi pedido seus nomes.

Segundo o general, o acompanhante afirmou inicialmente que as lesões foram provocadas em um acidente de moto, mas os médicos perceberam que se tratava de um ferimento à bala e, por isso, avisaram às autoridades.

Além da identidade do ferido, falta esclarecer onde e em que circunstâncias foi baleado e como chegou até a clínica de Rubio, 850 quilômetros ao sudoeste de Caracas, perto da divisa com a Colômbia.

EFE
 
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