Sessenta palestinas foram feridas hoje pela polícia egípcia quando participavam de um protesto para pedir a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, no sul de Gaza. O chefe do serviço de urgência do Ministério da Saúde em Gaza, Moawiya Hasanín, confirmou que as mulheres foram feridas no episódio e que outras 15 foram detidas pelas autoridades egípcias após tentarem atravessar a passagem.

Desde ontem o posto fronteiriço de Rafah é palco de protestos contra o bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza, estabelecido na quinta passada em resposta aos ataques com foguetes protagonizados por milícias palestinas. A passagem, que era controlado pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), permanece completamente fechada desde junho de 2007, quando o Hamas tomou o controle de Gaza.

As mulheres tentaram forçar a entrada em território egípcio e a polícia do país vizinho usou cassetetes e jatos de água para dispersar a multidão. Para afastar a multidão foram disparados tiros para o ar. Pelo menos quatro das feridas foram hospitalizadas.

As palestinas tentaram recuar e retornar para Gaza, mas uma multidão de homens as impediram empurrando na direção contrária. Mesmo assim, algumas teriam conseguido entrar em território egípcio, disseram testemunhas.

A manifestação acontece depois que a maior parte da população de Gaza permanecesse sem luz durante quase 48 horas por causa da falta de combustível nas centrais elétricas por causa do bloqueio de Israel.