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 | 22/01/2008 21h20min

Crise em Gaza: Conselho de Segurança da ONU condena bloqueio

EUA foram os únicos a não criticar atitude de Israel

O Conselho de Segurança da ONU, com exceção dos Estados Unidos, criticou hoje em um debate aberto sobre o Oriente Médio o fechamento das fronteiras com a Faixa de Gaza decretado por Israel e solicitou a reabertura das passagens com o território palestino.

A grave situação vivenciada na Faixa de Gaza ocupou totalmente a reunião do principal órgão da ONU, na qual também discursaram representantes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Todos os embaixadores dos quinze membros do principal órgão da ONU, com a exceção dos Estados Unidos, demonstraram sua oposição à medida israelense, que foi qualificada reiteradamente como castigo coletivo e inaceitável.

O embaixador do Reino Unido, John Sawers, afirmou em discurso que seu país reconhece as necessidades de segurança de Israel, mas ressaltou que não é aceitável tomar ações que têm como alvo a população civil.

O embaixador francês, Jean-Maurice Rippert, pediu às autoridades judaicas que permitam a passagem de comboios com

ajuda humanitária aos 1,5 milhão de habitantes de Gaza, que em sua maioria dependem da assistência internacional.

Já os americanos preferiram centrar seu discurso nos bombardeios com foguetes Qassam contra povoações do sul de Israel por parte do movimento islâmico Hamas, ao qual responsabilizou pela atual crise.

— Não devemos perder a perspectiva de como se chegou a esta situação. Os EUA não abandonarão os cidadãos de Gaza, mas a atual situação é responsabilidade das ações do Hamas — alegou o embaixador americano, Zalmay Khalilzad.

No fim da reunião, o diplomata americano expressou à imprensa sua oposição a uma minuta de declaração do Conselho sobre Gaza apresentada por países árabes. O texto manifesta a profunda preocupação do Conselho de Segurança com a situação nos territórios palestinos e pede que Israel coloque fim a suas medidas ilegais contra a população civil.

Khalilzad alegou que a minuta é não poderia ser aceitada pois não mencionaria os lançamentos de foguetes, que, de acordo com a ONU, foram mais de 150 desde 15 de janeiro. O representante israelense, Daniel Carmon, destacou em seu discurso que a chuva de projéteis contra o sul do país tornou inevitáveis as medidas adotadas por seu governo.

— Que fariam outros se esses ataques fossem contra Londres, Moscou ou Trípoli? Ficariam em silêncio? — questionou.

O observador da Autoridade Nacional Palestina perante a ONU, Riyad Mansour, qualificou de crime o fechamento das passagens por parte de Israel e instou em seu discurso que o Conselho não permaneça em silêncio.

O principal órgão da ONU prevê realizar consultas nas próximas horas sobre uma minuta de declaração e um projeto de resolução sobre Gaza apresentados por países árabes, mas não se espera que dê frutos devido ao poder de veto de Washington.

EFE
 
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