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 | 04/06/2007 12h41min

CPI do Apagão Aéreo ouve controladores em reunião reservada na Câmara

Representantes do setor fizeram protesto durante audiência

A reunião da CPI da Crise Aérea na Câmara dos Deputados está sendo realizada em caráter reservado a pedido do advogado dos controladores de vôo, Normando Cavalcanti. Os parlamentares ouvem hoje os quatro controladores denunciados pelo Ministério Público Federal: Felipe dos Santos Reis, Leandro José Santos Barros, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Jomarcelo Fernandes dos Santos. Eles se comprometeram a responder às perguntas dos parlamentares caso a reunião fosse reservada.

Antes da decisão de se fazer a sessão fechada, cerca de 25 controladores de vôo fizeram um protesto silencioso em defesa do colega Jomarcelo Fernandes dos Santos, acusado pelo Ministério Público Federal de homicídio doloso eventual por ter deixado o posto de comando no Cindacta 1, em Brasília, no dia do acidente com o avião da Gol, em setembro passado, sem avisar seu substituto (Lucivando Tibúrcio de Alencar) de irregularidade na rota do jato Legacy. Os controladores portavam placas com o nome de Jomarcelo e foi organizado pela Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA).

O controlador de vôo Lucivando Tibúrcio de Alencar leu um manifesto da categoria, que responsabiliza os pilotos do jato Legacy e os equipamentos de controle de tráfego pelo acidente que matou os 154 ocupantes do Boeing da Gol. Segundo o manifesto, os controladores são pessoas capazes, preparadas e dispostas ao trabalho, mas estão sendo julgadas de maneira sensacionalista e sem direito a defesa.

Alencar foi interrogado agora pelo relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS). O controlador, no entanto, reservou-se o direito de permanecer em silêncio e responder apenas aos assuntos já citados no manifesto, relativos a críticas ao sistema aéreo e problemas técnicos.

Deputado diz que controladores são bode expiatório

O deputado Ivan Valente (PSol-SP) afirmou que é injusto centralizar nos controladores de tráfego aéreo a culpa pelo acidente com o avião da Gol, que resultou na morte de 154 pessoas em setembro de 2006.

Para o parlamentar, os controladores são o "elo mais fraco, o bode expiatório do sistema aéreo brasileiro". Ele disse ainda é uma irresponsabilidade acusar os controladores, uma vez que o sistema já demonstrou ser falho em diversas situações.

Ivan Valente se disse também preocupado com o que chamou de postura inquisitória do procurador da República em Mato Grosso, Thiago Lemos de Andrade, e do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), da CPI do Apagão Aéreo do Senado, que já identificaram os controladores como culpados. A situação, afirmou o deputado paulista, está pressionando os controladores e degradando ainda mais o sistema.

O presidente da presidente da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Wellington Rodrigues, também considera injusto transferir a culpa pelo acidente para os controladores. As outras partes do sistema, em sua opinião, estariam sendo desconsideradas nas investigações.

AGÊNCIA CÂMARA
 
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