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 | 29/05/2007 15h11min

CPI do Apagão diz que operadores falharam três vezes

Presidente da comissão inocenta pilotos do Legacy

O relator da CPI do Apagão Aéreo no Senado, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), disse hoje que os controladores de vôo falharam pelo menos três vezes, levando o Legacy a colidir com o avião da Gol, matando 154 pessoas há oito meses.

Conforme o site G1, o senador pretende apresentar em duas semanas um relatório parcial apontando falhas humanas como responsáveis pelo acidente com o vôo 1907 e as deficiências que levaram ao caos do sistema de controle do tráfego aéreo.

- Fica evidente que os controladores erraram em pelo menos três momentos. Houve falha humana substancial -concluiu Demóstenes Torres após reunião da CPI que tomou os depoimentos do presidente da comissão de investigação do acidente com o vôo da Gol, coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, e do chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Jorge Kersul Filho.

Conforme a Agência Globo, o presidente da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Marcelo Castro (PMDB-PI), defendeu os pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jan Paldino, dizendo que eles não tiveram culpa pelo acidente, porque foram autorizados pela controle aéreo de Brasília a voar na mesma altitude do vôo 1907 da Gol.

– Eles podem até ser responsabilizados por terem desligado o transponder e terem ficado sem contato com a torre, mas não tiveram culpa de voar a 37 mil pés – disse Castro.

O deputado rebateu os argumentos do ministro da Defesa, Waldir Pires, e do delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Renato Sayão, que já disseram que Lepore e Paladino poderiam ter seguido o plano de vôo e descido para 36 mil pés, como determinava o plano de vôo.

– Só existe um plano de vôo: o que o controlador diz ao piloto – afirmou o deputado.

Castro evitou fazer afirmações que culpassem os controladores aéreos:

– Fica complicado tratar de culpabilidade se sequer ouvimos os controladores. Eu prefiro inocentar quem não teve culpa. Nossa finalidade não é incriminar, mas o que nos interessa é a verdade – disse o presidente da CPI, que criticou Demóstenes Torres por, ontem, ter apontado o sargento Jomarcelo Fernandes, controlador do Cindacta 1, de Brasília, como um dos principais responsáveis pela tragédia que matou 154 pessoas.

Deputado questiona choque entre Boeing e Legacy

Na CPI do Apagão Aéreo na Câmara, o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) questionou a ausência de gritos, choros ou orações nas gravações da caixa-preta do avião da Gol nos momentos que se seguiram ao choque. O parlamentar levantou a possibilidade de as aeronaves sequer terem se chocado.

– Ninguém está pensando nisso, mas, por exemplo, o avião da Gol pode ter explodido antes de se encontrar com o Legacy – disse Vic.

O deputado tem uma teoria também para as avarias sofridas pelo jatinho:

– O Legacy pode ter batido apenas em uma das asas destruídas do avião – disse.

O ex-pefelista admitiu que não tem provas ou informações que comprovem sua teoria, mas disse que quer saber se a torre de Brasília recebeu alguma pista da aeronave logo após o suposto choque.

– Eu apenas acho estranho que a caixa-preta não mostre nada.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) se solidarizou com o colega de partido, dando força à hipótese de jamais ter havido um choque entre os dois aviões:

– É a mesma coisa que uma moto se chocar com uma carreta e a moto não sofrer nada – comentou.

 
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