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O gabinete israelense aprovou neste domingo, dia 6, em princípio, a libertação de prisioneiros palestinos, em uma iniciativa para ampliar o apoio ao plano de paz proposto pelos Estados Unidos e em um sinal de trégua declarada pelos militantes, disseram autoridades do governo. Contudo, o gabinete estabeleceu termos duros para a libertação de prisioneiros, uma medida que pode embaralhar um cessar-fogo.
– De maneira nenhuma prisioneiros com sangue nas mãos serão libertados – disse o premiê Ariel Sharon a seu gabinete, quando lia uma lista de condições aprovadas por 13 votos a oito, disse uma autoridade do governo.
Segundo os termos, palestinos presos por enviar outros para atacar israelenses, e membros de grupos militantes como o Hamas e a Jihad Islâmica, continuarão atrás das grades, disse a autoridade.
O número de prisioneiros que devem ser libertados não foi anunciado pelo gabinete, mas a Rádio Israel disse que 400 atendiam aos critérios estabelecidos. O número fica bem abaixo das exigências palestinas de libertação de todos os 6.000 a 8.000 palestinos presos por Israel.
Autoridades palestinas não quiseram comentar o assunto, dizendo que precisavam ver primeiro um comunicado que um comitê ministerial israelense está esboçando para uma possível apresentação aos palestinos ainda esta semana.
Uma grande libertação de prisioneiros iria aumentar a popularidade do premiê reformista Mahmoud Abbas entre os palestinos, e ajudar a manter um cessar-fogo de três meses que os militantes declararam há uma semana num levante que já dura quase três anos pela independência de um Estado palestino.
Mas uma libertação limitada poderia destruir a trégua. O Hamas e a Jihad Islâmica, grupos que mataram centenas de israelenses em ataques suicidas a bomba, disseram que a suspensão de seus ataques está condicionada à libertação de todos os prisioneiros palestinos. Pelo menos 2.130 palestinos e 760 israelenses já morreram desde que o levante começou, em setembro de 2000.
A sessão do gabinete foi seguida por negociações sobre os prisioneiros entre o ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, e o ministro dos Assuntos de Segurança palestino, Mohammed Dahlan.
– Nós pediremos a libertação de todos os prisioneiros. É impossível acabar com o conflito se até mesmo um prisioneiro continuar atrás das grades – disse o ministro palestino de Assuntos dos Prisioneiros, Hisham Abdel-Raziq.
Com informações da agência Reuters.
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