| 11/12/2009 09h29min
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou nesta sexta, dia 11, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, que o Brasil "está com moral alta" para as negociações que ocorrem na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15), em Copenhague (Dinamarca):
– O Brasil está com moral alta. Conseguimos o menor desmatamento da Amazônia da história e ainda queremos baixar muito mais. Fomos o primeiro país em desenvolvimento a apresentar metas para a redução de emissão de CO2 (de 35% a 39% até o ano de 2020), temos o Fundo da Amazônia funcionando e elogiado por Obama (presidente dos EUA). Com essa moral, vamos cobrar muito cortes nas emissões. A guerra vai ser dura e estamos bem articulados com países desenvolvidos, como Noruega e Alemanha, e nossos parceiros tradicionais, como a África do Sul e a Índia.
Veja o blog Direto de Copenhague
Os países desenvolvidos já se comprometeram a investir US$ 100 bilhões em um fundo global para redução de emissões de CO2 nos países em desenvolvimento. O Banco Mundial defende que essa cifra seja pelo menos três vezes maior.
Na entrevista, Minc reforçou a importância de medidas simples para ajudar o meio ambiente, como a separação de lixo orgânico e reciclável nas residências e a manutenção do motor dos veículos:
— As pessoas ficam vendo na TV a geleira derretendo e ficam agoniadas pensando nos seus filhos e netos. Na verdade, isso não vai acontecer só lá fora. Há várias coisas que as pessoas devem e podem fazer. Na separação domiciliar do lixo, você reconverte o lixo em energia. Você economiza muita energia, energia de retirar da natureza os insumos para fazer a lata e o vidro, etc. A reciclagem significa economizar energia. O cidadão que separa o lixo ajuda a combater o aquecimento global. Mas 95% das residências não faz essa separação tão simples. Regular o motor do carro também. Um carro desregulado emite 50% mais de CO2. Com o carro regulado, evita-se três buracos: no clima, no pulmão, por causa da poluição, e no bolso já que um carro desregulado consome muito mais.
Minc e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira, devem chegar a Copenhague no dia 13. Além deles, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também deve ir para a Dinamarca, mas deve embarcar junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16. Lula fica em Copenhague nos dois últimos dias da reunião (17 e 18).
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