| 10/12/2009 19h44min
No interior de Goiás, uma carvoaria ilegal foi destruída nesta quinta, dia 10, em uma operação conjunta entre o Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O fazendeiro, que perdeu a propriedade para o programa de reforma agrária, foi multado em 66,2 mil.
Apenas um funcionário estava na Fazenda Cachoeira do Veríssimo, município de Goiandira, há 266 quilômetros de Goiânia. No local foram encontradas 49 fornos para produção ilegal de carvão com madeira nativa do cerrado.
— Para onde é que ia esse carvão? Para Divinópolis, para Sete Lagoas, Minas Gerais... Acho que vou ter que ´catar´ um outro lugar para sobreviver — afirmou o funcionário da carvoaria José Raimundo Ferreira.
O local onde o carvão foi apreendido será destinado a reforma agrária e até já foi desapropriado. O ministro do Meio Ambiente acompanhou a destruição dos fornos.
— Nós estamos impedindo hoje que a mata nativa do cerrado – o angico, a aroeira – seja transformada em carvão. Quem fez isso vai pagar por crime ambiental, da cadeia dura — disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente foram os próprios agricultores que vão receber esta área que fizeram a denúncia ao Incra e ao Ibama. Agora, os 830 hectares vão ser distribuídos entre as 20 famílias que virão morar aqui.
— Fui um dos primeiros a chegar, já tinha visitado essa área há três anos e pouco atrás, não existia essa carvoaria, não existia esse desmatamento e eles efetuaram isso aqui rápido pra ver se passava na perícia pra poder não ser desapropriado — disse o assentado Paulo Roberto dos Santos.
— Vamos separar as APPs, as reservas legais e vamos cortar essas parcelas que vão ser de cinco alqueires para cada família e essas famílias vão começar a construir sua vida futura, sua nova vida aqui, dentro desse assentamento — avaliou o superintendente do Incra-GO, Rogério Arantes.
O assentado já sabe como vai produzir na terra.
— A área serve para plantio, serve para produção de leite do pequeno produtor. Como tem milho, que está produzindo muito bem sem adubo, é com milho que pretendemos continuar — concluiu Santos.
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