| 13/11/2009 15h05min
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta, dia 13, na capital paulista, que tem acompanhado com muita atenção todos os acontecimentos ligados ao blecaute da última terça, dia 10, que deixou 18 Estados brasileiros e o Paraguai às escuras, e disse que há uma pequena deformação ou incompreensão em tentar fazer qualquer comparação entre o racionamento ocorrido há alguns anos e o incidente desta semana.
Lula afirmou que tem visto várias pessoas demonstrarem satisfação com o que aconteceu.
— Tenho notado algumas pessoas que falam do apagão com o mesmo prazer que falavam, culpando o governo, quando aconteceu o acidente no Aeroporto de Congonhas com o avião da TAM, até que a verdade foi aparecendo — afirmou Lula.
Ele reforçou que não deu muitas opiniões sobre o assunto porque pretende ouvir os técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema (ONS), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia.
— Estamos na fase do achismo, quando terminar essa fase nós vamos entrar na fase mais objetiva que são os resultados concretos e objetivos de toda a investigação — explicou.
Ele afirmou ainda que acredita em um processo de investigação que elucide as causas do blecaute.
— Eu disse à Aneel e a ONS que é preciso ter um processo de investigação em todo o trajeto da linha para que descubramos realmente o que houve, já que o sistema é robusto e eficiente como acreditamos que seja e tínhamos geração de energia à vontade, e por que tivemos esse desastre — declarou.
O presidente garantiu que após as investigações concluídas a população terá esclarecimentos sobre os motivos da queda de energia. Lula disse ainda que a única chance de nada de errado ocorrer novamente é se "Deus quiser que não aconteça".
Para Lula, o blecaute foi um caso muito delicado, uma coisa grave que precisa ser desvendada.
— A única coisa que posso dizer ao povo brasileiro em alto e bom som é que o povo brasileiro não terá nenhum problema de falta de geração de energia porque o Brasil está produzindo mais oferta do que a demanda de energia — anunciou.
Lula descartou a possibilidade de uma sabotagem.
— Não há nenhuma razão para alguém pensar que foi uma coisa maior do que realmente foi — avaliou o presidente.
Lula ressaltou que qualquer brasileiro deve ter motivos para se orgulhar do sistema e do modelo energético brasileiro.
— O sistema é robusto bem estruturado, mas nada é tão bem estruturado que possa suplantar alguma coisa causada por intempéries ou falha humana — acrescentou.
Apesar de não adiantar nada sobre as propostas que serão levadas a Copenhague, Lula afirmou que pretende ir à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-15), em dezembro, mas que a decisão depende da quantidade de chefes de estado que confirmem presença. O presidente disse que deve telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para convidá-lo a participar da Conferência.
Segundo ele, o Brasil chegará na COP-15 com a cabeça erguida por ter batido o recorde na diminuição do desmatamento.
— Chegaremos a Copenhague para discutir o clima com a mesma força que discutimos as Olimpíadas — completou Lula.
A proposta deve ser anunciada na tarde desta sexta, dia 13, em São Paulo, após reunião com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
O presidente participou da cerimônia de abertura do 9º Congresso de Iniciação Científica (Conic), que será realizado até este sábado, dia 14.
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