O Banco Central (BC) elevou a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,1% para 4,2% para este ano. Para 2010, a previsão para alta do indicador foi elevada de 3,9% para 4,4%. Os dados constam do Relatório Trimestral de Inflação, publicado nesta sexta, dia 25, pela autoridade monetária.

De acordo com o texto do relatório, os indicativos de que as ações de política econômica tomadas em reação à crise internacional favoreceram a retomada da atividade no Brasil, destacadas no último relatório publicado em junho, ganharam contornos mais nítidos, nos últimos meses. Para o BC, a evolução de importantes indicadores setoriais, no decorrer do terceiro trimestre do ano, sugere aceleração do ritmo de crescimento da atividade.

Para o primeiro trimestre de 2010, segundo o cenário de referência do BC, a previsão para a inflação também foi elevada de 4% para 4,1%. No segundo trimestre, a estimativa foi mantida em 3,6%.

O BC estima, para o segundo semestre de 2010, uma aceleração na inflação, resultante em parte dos estímulos fiscais realizados durante o segundo semestre deste ano - redução de tributos e impostos sobre a produção e renda, além de ações para ampliação de liquidez e redução das taxas de juros. Para o terceiro trimestre do ano que vem, a previsão de inflação foi elevada de 3,6% para 3,9% e no último quarto de 2009, a estimativa passou de 3,9% para 4,4%.

A aceleração da atividade econômica deve elevar a pressão sobre preços também no início de 2011, de acordo com o BC. Para o primeiro trimestre de 2011, a previsão de inflação subiu de 4,1% para 4,7% e para o trimestre seguinte, a autoridade monetária elevou a projeção de 4% para 4,7%.

Pelo cenário de mercado, a projeção de inflação para o fim do ano é de 4,2%. Para 2010, o mercado estima inflação de 4,1% para os doze meses encerrados em março; 3,6% para os doze meses encerrados em junho; 4% para igual período encerrado em setembro e 4,4% para o fim do ano. Para o primeiro semestre de 2011, a estimativa do mercado é de inflação de 4,6%.

O cenário de referência do BC pressupõe manutenção da taxa Selic em 8,75% ao ano e taxa de câmbio constante em R$ 1,85 por dólar.

O consumo do governo também teve aumento de 2,5% para 2,8% do PIB, o que pode contribuir para aquecer a economia.