| 21/09/2009 15h24min
O diretor titular de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, alertou nesta segunda, dia 21, que o setor exportador de manufaturados está perdendo clientes em função da competitividade menor da economia brasileira, e nem tanto pelos efeitos da crise internacional. Para ele, se nada for feito para reduzir custos das exportações, o Brasil poderá perder emprego e renda num futuro próximo.
Ele defendeu medidas como redução da carga de impostos e adoção de uma política cambial que evite a valorização do real frente ao dólar.
— Quando o presidente Lula diz que precisa dar mais valor agregado à exportação brasileira, ele está certíssimo, só que para isso temos que ter desoneração tributária e câmbio competitivo — ponderou o executivo.
Giannetti observou que a crise financeira internacional levou à maior recessão desde a década de 1940, com uma queda de 35% no volume de comércio no mundo todo. As exportações brasileiras, segundo ele, caíram mais que a média mundial (20%).
Ele faz essas avaliações ao anunciar a criação de uma nova pesquisa da Fiesp, os coeficientes de exportação e importação (CEI), com dados de 26 setores da indústria nacional e que serão divulgados trimestralmente.
De acordo com o levantamento, os setores analisados tiveram aumento da participação de importados em sua produção, passando 19,1% para 20,9%. O peso das exportações nos segmentos industriais caiu de 23,5% para 22,1%.
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