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 | 24/08/2009 10h02min

Discussão sobre fornecimento de gás da Bolívia ao Brasil é adiada

Países firmam acordos nas áreas de mineração, sistema viário e indústria têxtil

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Evo Morales, assinaram no último sábado, dia 22, acordos de cooperação bilateral. Os projetos envolvem mineração, sistema viário e até a indústria têxtil. A discussão sobre o gás boliviano foi adiada.

A cerimônia foi no povoado de Villa Tunari, na Bolívia, região cocaleira e reduto político de Evo Morales. O Brasil vai investir US$ 332 milhões para construir uma estrada de 306 quilômetros, que vai ligar a Villa Tunari ao povoado de San Ignácio de Moxos, na amazônia, área isolada dos centros econômicos e de comércio do país.

A Bolívia entra com US$ 83 milhões no projeto. A estrada, que também inclui seis pontes, faz parte do chamado "corredor bioceânico", idealizado para ligar o Porto de Santos (SP), no Oceano Atlântico, ao de Iquique, no Chile, no Oceano Pacífico.

Brasil e bolívia tambem assinaram um memorando de cooperação cientifica para desenvolver a produção de lítio no Salar de Uyiuni, região onde segundo o governo boliviano, está a metade da reserva mundial do minério, muito usado em baterias elétricas.

O presidente Lula também anunciou um decreto para que a Bolívia exporte seus produtos têxteis ao Brasil com tarifa zero, para compensar os efeitos da decisão dos Estados Unidos de retirar preferências tarifárias do país andino.

A expectativa era de que os dois presidentes tambem avaliassem a relação no setor energético, mas o assunto será tratado em nova reunião, no prazo de 20 dias. O assunto é polemico porque a Bolívia pretende reduzir o fornecimento de gás natural ao Brasil, de 31 milhões para 24 milhões de metros cúbicos por dia.

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