| 22/08/2009 18h11min
Além do mel, principal produto da apicultura, a produção de própolis vermelha vem ganhando espaço entre os produtores do extremo sul baiano. Isso porque a lucratividade é superior aos demais derivados do mel. Na região, enquanto o quilo do mel é vendido a R$ 3,20, o da própolis pode ser comercializado por R$ 450.
O apicultor Marcos Nascimento, que tem um apiário no município de Prado, produz própolis vermelha há um ano. De lá pra cá, vem fornecendo o produto para o mercado interno e externo.
– Tudo começou quando um amigo me incentivou a produzir. De início relutei, pois só colhia mel, mas fiz uma experiência com algumas colméias do apiário de Prado, e tive um resultado positivo. Levei a amostra colhida para o Congresso Brasileiro de Apicultura que aconteceu em 2008, em Belo Horizonte. Lá participando da rodada de negócios do Sebrae, tive contato com uma representante de uma empresa exportadora de própolis. Acabei fechando o primeiro contrato de fornecimento de própolis vermelha e desde então venho comercializando o produto – conta o apicultor.
Marcos Nascimento afirma que este é um negócio promissor. Por exemplo, por ano uma colméia produz aproximadamente 3,5 quilos da substância. Trabalhando com 16 colméias, a produção anual chega a mais de 40 quilos. Mas o apicultor ressalta que o produto tem uma área de produção limitada, restringindo-se apenas à faixa de três metros, margeando o manguezal.
– A própolis vermelha é produzida a partir da resina (exudato) do rabo-de-bugio (Dalbergia ecastophyllum), planta comum nos mangues da região. É dela que as abelhas retiram a substância avermelhada – explica.
A própolis vermelha produzida nas colméias é uma mistura de substâncias resinosas coletados pelas abelhas de diferentes partes das plantas, utilizada para selar buracos e proteger a colméia contra fungos e bactérias.
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